(Flávio Tavares)
Reconhecido como um dos principais cartões postais de Belo Horizonte, a Lagoa da Pampulha ainda está longe de ser o ponto turístico que a cidade e os turistas tanto merecem.
Nesta sexta (21) a reportagem do Hoje em Dia percorreu toda a orla da lagoa e registrou imagens de muitos trechos onde o que se vê é sujeira, algas e um odor que incomoda até o mais indiferente transeunte.
Em 2013, o conjunto modernista da Pampulha se tornou candidato oficial a Patrimônio Cultural da Humanidade. O título é creditado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) e será divulgado no ano que vem.
Ações
Segundo assessoria de imprensa da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) está em curso o “Programa Pampulha Viva”, financiado pelo município, junto ao Banco do Brasil e ao BDMG, contando ainda com investimentos da Copasa, cujo objetivo é promover a recuperação da bacia hidrográfica daLagoa da Pampulha.
A primeira etapa do programa já propiciou a retirada de cerca de 850.000 metros cúbicos de sedimentos da Lagoa. Além disso, está em fase de elaboração, um edital de licitação, com publicação prevista ainda para este ano que promoverá, anualmente, ações de dragagens de manutenção.
Sobre o tratamento das águas da lagoa já está em curso a licitação que escolherá a melhor técnica para a limpeza das suas águas, com início dos trabalhos previsto para esse ano.
Ainda de acordo com a assessoria, está concluído o projeto para implantação de uma estação de tratamento das águas do Córrego D'Água Funda, segundo a tecnologia de Jardins Filtrantes.
O empreendimento se encontra em fase de orçamentação para viabilização do edital de licitação das obras, com publicação prevista para até dezembro próximo. Para este mesmo projeto, estão sendo avaliadas alternativas para implantação desse tipo de unidade em outros afluentes à lagoa.
Copasa
A prefeitura afirma ainda que a Copasa vem viabilizando a execução das obras de implantação/complementação das infraestruturas de esgotamento sanitário na bacia hidrográfica, no âmbito do Programa de Despoluição da Bacia da Pampulha - Meta 2014, atuando ainda em parceria com o Município, no sentido de identificar e efetivar potenciais ligações domiciliares ao sistema, além da eliminação de ligações clandestinas de esgotos à drenagem.
De acordo com nota enviada pela Sudecap, as imagens que você pode ver a seguir correspondem à grande quantidade de matéria orgânica, associado à poluição afluente e ao longo período de estiagem, já que a baixa diluição provoca excessiva proliferação de algas e desprendimento de maus odores.