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A escassez hídrica na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) agora é oficial. É o que constata um relatório apresentado nesta segunda-feira (9), pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam). O documento é uma exigência legal para a Copasa iniciar o racionamento e a sobretaxa para o consumo excessivo do recurso. O Governo do Estado informou que um plano com as medidas será entregue, até meados de abril, para Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais (Arsae-MG), para o início imediato do racionamento e da sobretaxa. O relatório do Igam foi entregue durante a reunião da força-tarefa que cuida da falta de água no estado. De acordo com o secretário de Estado de Planejamento e Gestão, Helvécio Magalhães, que comanda a força-tarefa da falta de água, a Copasa ainda avalia qual o melhor modelo de racionamento. “A expectativa é que este plano, que deverá ser o menos sacrificante para a população, seja apresentado à Arsae-MG, no mais tardar, em meados de abril”, informou Helvécio. O secretário também disse que Minas Gerais está buscando parcerias com três governo estrangeiros que conseguiram reduzir drasticamente o desperdício de água nas últimas décadas: Japão, Catalunha e Holanda. “Vamos fazer acordos de cooperação com esses governos para trazer a Minas Gerais esses sistemas que se mostraram bastante eficazes. O Japão, por exemplo, conseguiu reduzir o desperdício de água de 30% na década de 80 para 8% atualmente”, destacou. Helvécio também acrescentou que o governo está trabalhando em um plano de investimento para compensar o atraso tecnológico do sistema hídrico mineiro, que conta com hidrômetros e tubulação de água bastante antiquados. O estudo do Igam também servirá de parâmetro para definir quais municípios encontram-se em situação de escassez hídrica. Se aprovado pelo Conselho Estadual de Recursos Hídricos, que se reúne na próxima segunda, o estudo se transforma em uma deliberação normativa e passa a reger as decisões do Igam sobre o assunto. O trabalho atende a um pedido da Copasa, que quer oficializar o momento crítico por falta de água em 85 cidades.