Capital mineira busca opções para reduzir índices de poluição até 2030

A emissão de gases poluentes em Belo Horizonte aumentou 22% em sete anos, um crescimento médio anual de 3%. A meta para 2030 é reduzir os níveis de poluição em até 20%. Para isso, um plano ostensivo de combate aos impactos da liberação de substâncias tóxicas sobre o efeito estufa deverá ser concluído e apresentado pelo município em até um mês.

As metas, criadas por um comitê especializado, integram o Plano de Redução dos Gases do Efeito Estufa (Pregee) e estão sendo traçadas a partir dos resultados dos dois inventários produzidos sobre o assunto.
“O objetivo é incentivar a redução do consumo de energia, de água e a gestão dos resíduos sólidos na capital mineira”, explica o gerente de Planejamento e Monitoramento Ambiental da Secretaria de Meio Ambiente da capital, Weber Coutinho.

O plano municipal, no qual já constam estratégias voluntárias de combate ao efeito estufa, bem como as políticas públicas nacionais em prol do desenvolvimento de sistemas mais sustentáveis e “limpos”, serão discutidos no dia 12 de junho, quando será realizado o 11º Seminário Meio Ambiente e Cidadania, promovido pelo jornal Hoje em Dia.

Desafio

A edição deste ano terá como tema central o desafio das mudanças climáticas e o uso de energias limpas para a construção de um planeta sustentável. Entre os convidados está Amyr Klink, que irá falar sobre suas experiência ao redor do mundo a bordo de um veleiro e suas percepções dos reflexos do aquecimento global no planeta.

Para o assessor da Agência Nacional de Águas (ANA), Maurício Andrés, a adoção de políticas públicas mais rigorosas e a criação de um marco regula-tório que incentive o uso de energias renováveis são fundamentais para frear o avanço do efeito estufa.  “É importante que as prefeituras e câmaras aprovem legislações que facilitem e incentivem esse tipo de atitude. Na minha opinião, ainda falta algum marco legal regulató-rio, que dê incentivos econômicos para acelerar e impulsionar a mudança da matriz energética brasileira”, analisa.

Em Belo Horizonte, onde 82% da emissão de gases poluentes na atmosfera é proveniente do setor energético, conforme dados do último inventário, realizado em 2007, medidas como a Estação de Aproveitamento de Biogás, instalada no aterro sanitária da capital, contribuem para a redução dos impactos negativos na saúde ambiental.

Uma certificação ambiental criada pelo município também premia empreendimentos que adotam medidas que contribuam para a redução do consumo de água, de energia, das emissões atmosféricas e da geração de resíduos sólidos, além de alternativas de reciclagem e de reaproveitamento dos resíduos gerados.