(Facebook/Reprodução)
A tática utilizada pela universitária mineira Débora Adorno para fugir das cantadas indesejadas fez sucesso na internet. No Facebook, ela revelou que mostra o dente, comprimindo o lábio sobre a gengiva, para espantar os assédios no meio da rua. Em poucos dias, a publicação no Facebook da estudante recebeu mais de 25 mil curtidas e 3.400 compartilhamentos. Nos comentários, é possível notar que muitas mulheres se divertiram com a batizada "Careta do Dentinho" e elogiaram a atitude da mineira. Pelo Facebook, Débora contou que a brincadeira já é sua marca registrada, mas o relato foi feito após ela se sentir intimidade depois de receber várias cantadas no entorno da Rodoviária de Belo Horizonte, local de grande movimentação. "Como sempre acontece com quase todas as mulheres que se atrevem a andar na rua desacompanhadas eu tava recebendo um monte de cantadas... Cara, a maioria das mulheres aqui entendem perfeitamente do que eu to falando mas homens, ces não tem noção de como é isso de fato, de como a gente se sente invadida, incomodada, oprimida.. é horrível, mesmo (sic)", publicou. E prosseguiu: "foi aí que um cara que passava na direção contraria da minha veio me olhando escrotamente, me encarando, e dai antes dele falar alguma coisa eu fiz a careta do dentinho. O cara estranhou e passou reto... Ces não tem noção, de um segundo pro outro eu parei de receber cantada, tipo, NENHUM CARA MAIS MEXEU COMIGO! Os caras olhavam e rapidamente desviavam o olhar, provavelmente pensando que eu tinha alguma deformação ou doença (sic)". No post, a universitária contou que após a careta se sentiu segura e dona da situação. "Para as mulheres fica aí a dica, experimentem o poder do dentinho! kekekeke", se divertiu. Em outra publicação, na madrugada desta quinta-feira (19), ela se defendeu de algumas críticas e informou que não teve a intenção de ofender ou ridicularizar pessoas que possuem algum tipo de deficiência física. "A careta que fiz do dentinho foi feita de forma espontânea e o objetivo principal do relato foi criticar a cultura machista das cantadas de rua e relatar a maneira que encontrei de me defender dos assédios. Não compactuo com a ideia e nem quis exaltar que pessoas com diversidade física não são desejáveis ou que não podem ser alvo de atração, muito pelo contrário, ao lutar contra o machismo eu luto contra toda e qualquer forma de padronização/discriminação da beleza! (sic)", escreveu.