(Divulgação/ Mariana Prates/ UFMG)
O Carnaval de Belo Horizonte só terminará, oficialmente, em março. Quando isso ocorrer, a festa terá deixado diversos benefícios para a capital, incluindo a capacidade de fertilizar, organicamente, os parques e praças da capital a partir do 'xixi' do folião.
É isso mesmo. A urina de mulheres e homens que participarem do Carnaval e utilizarem um dos 50 banheiros químicos do projeto P4Tree, instalados no Barro Preto, na região Centro-Sul, e no Parque Municipal, no Centro, terá colaborado com o meio-ambiente. Além disso, os foliões irão levar para casa sementes de plantas e flores.
Este é o terceiro ano da iniciativa, com técnica desenvolvida pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e aplicada pela Belotur. De acordo com a Prefeitura de Belo Horizonte, a expectativa é que sejam produzidos 50kg de fertilizantes para aproveitamento pela Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica. As cabines estarão em locais fixos e terão identificação especial, além de uma equipe para orientar o usuário.
Como funciona?
A ação acontece da seguinte forma: sachês de 200g do material P4Tree serão instalados nos banheiros químicos identificados. Em contato com a urina, o coletor filtra e separa o fósforo do restante dos elementos presentes no reservatório. Esse material é recolhido e transformado em adubo.
A iniciativa faz parte do fuTURISMO - Programa de Pesquisa e Inovação Turística da Belotur, que tem como objetivo consolidar a capital mineira como um destino turístico inteligente, competitivo e sustentável. A ação faz parte do eixo ‘Sustentabilidade e Inovação’ do Carnaval de Belo Horizonte.
Segundo o químico responsável pelo projeto, Arthur Silva, o fósforo é um dos elementos químicos essenciais para o crescimento de plantas e tem papel fundamental na agricultura. O fósforo também é largamente empregado na indústria alimentícia como conservante.