(Carlos Roberto)
TIRADENTES – Uma exposição com exemplares raros do século 18 será aberta, na próxima quinta-feira (13), no recém-reinaugurado Museu Casa Padre Toledo, na histórica Tiradentes, região Central de Minas Gerais.
Nenhuma das peças, no entanto, é capaz de tirar o brilho da mais importante obra exposta: o imóvel em si. O casarão acaba de ser inteiramente restaurado para integrar o Campus Cultural da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) na cidade, o primeiro do gênero no Brasil.
O museu fica na casa setecentista do padre Carlos Correia de Toledo e Melo, que abrigou o primeiro encontro dos inconfidentes mineiros, em 1788. Trata-se de uma raridade em arquitetura civil, uma das poucas residências remanescentes do século 18 no país.
Foram cinco anos entre o projeto do restauro e a finalização, dois anos de obras e R$ 2 milhões investidos com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da UFMG, por meio da Fundação Rodrigo Mello Franco de Andrade.
Segundo o superintendente cultural da Fundação e professor da UFMG, Rodrigo Minelli, o objetivo é transformar o local em um polo de produção de conhecimento para reconstruir a história de vida de Toledo.
A restauração buscou reparar os danos causados pelo tempo e pelas utilidades que a casa teve depois que foi tomada pela Coroa Portuguesa. No lugar, já funcionaram a prefeitura, um teatro, cinema e seminário. O museu foi fundado no início da década de 1970 e conta, hoje, com um acervo heterogêneo de mais de 300 peças, de diversos períodos.