A Polícia Civil de Itajubá, no Sul de Minas, investiga a motivação de três ataques criminosos registrados durante a madrugada desta quarta-feira (5) na cidade. Um ônibus foi parcialmente incendiado e a casa de um agente e do diretor penitenciário também foram alvo de tiros e bombas. No bairro Açude, próximo a avenida Wagner Lemos Machado, três suspeitos, que simularam estarem armados, pararam o coletivo e mandaram que os passageiros saíssem do veículo. Com o ônibus vazio jogaram gasolina, atearam fogo e fugiram. Parte dos bancos e o teto do veículo foram danificados. Militares do Corpo de Bombeiros foram acionados e conseguiram controlar as chamas. Ninguém ficou ferido. Segundo o comandante do Pelotão Setor Sul de Itajubá, tenente Carlos Eduardo Simões, a suspeita é de que o crime tenha sido cometido por menores. “Segundo testemunhas, os suspeitos estavam encapuzados, mas tinha características de adolescentes. As câmaras de segurança do veículo irá ajudar na identificação dos envolvidos no crime”, explicou. Ainda na madrugada, criminosos em motocicletas atentaram contra a casa de um diretor e de um agente penitenciário. Armados com revólveres calibre 38 e 32, os suspeitos dispararam contra os imóveis. Ao todo foram 10 tiros nas duas residências. Além dos disparos, duas bombas de fabricação caseira foram lançadas no muro das casas. Ninguém ficou ferido. A assessoria de imprensa da Subsecretária de Administração Prisional (Suapi) informou que aguarda a investigação da Polícia Civil sobre o caso. A Polícia Civil disse por meio da assessoria de imprensa que está investigando os três ataques na cidade e que ainda ninguém havia sido preso. Para o tenente Carlos Eduardo, os ataques não possuem a mesma motivação. “Ainda não temos a confirmação, mas a suspeita é de que o ataque ao ônibus foi devido ao aumento de passagem”, explicou. Na última semana, a tarifa do transporte coletivo da cidade passou de R$ 2,85 para R$3,50. Em julho do ano passado, outras depredações a ônibus também aconteceram na cidade motivadas pelo reajuste nas tarifas. A outra hipótese, segundo a polícia, é de que apreensões de drogas e celulares dentro do Presídio de Itajubá possam ter motivado as ações criminosas. O Hoje em Dia fez contato com o responsável pela empresa de ônibus, mas até o momento desta publicação não obteve resposta sobre o caso.