Crime bairro Ouro Preto

Caso Clara Maria: Justiça mantém prisão preventiva dos dois suspeitos de matar e concretar jovem

Juíza se baseou na brutalidade do crime e os riscos para a sociedade para mantê-los presos

Pedro Melo
pmelo@hojeemdia.com.br
07/04/2025 às 18:47.
Atualizado em 07/04/2025 às 18:52
Corpo da jovem foi encontrado em uma casa na Pampulha concretado no quintal (Instagram / Clara Maria / Reprodução)

Corpo da jovem foi encontrado em uma casa na Pampulha concretado no quintal (Instagram / Clara Maria / Reprodução)

A Justiça de Minas decidiu, nesta segunda-feira (7), manter a prisão preventiva dos dois suspeitos de matar e concretar no quintal de casa a vítima Clara Maria Venâncio Rodrigues no bairro Ouro Preto, na região da Pampulha, em Belo Horizonte.

Na decisão, a juíza Carolina Rauen Lopes de Souza se baseou na brutalidade do crime e os riscos para a sociedade para manter os suspeitos presos.

“Há indícios da materialidade e autoria, bem como fundamentos que justificam a medida extrema, em especial a gravidade concreta das condutas imputadas e o risco à ordem pública, considerando o modus operandi e a gravidade do delito”.

A juíza também informou que não obteve novas informações para uma possível liberação de ambos. “Ressalte-se que não há fatos novos que fragilizem os pressupostos da custódia cautelar”, diz o documento.

Corpo concretado na Pampulha

O corpo de Clara Maria foi encontrado no dia 12 de março concretado em uma casa na rua Frei Leopoldo. A investigação da Polícia Civil de Minas apontou que ela foi brutalmente assassinada três dias antes, após sair do trabalho. Clara Maria era natural de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, e foi dada como desaparecida já naquele dia (9), um domingo à noite.

Três homens foram conduzidos sob suspeita do crime. Onze pessoas foram ouvidas. Dos conduzidos, dois autores confessos seguem presos. O terceiro suspeito, de 34 anos, foi ouvido e liberado. Nenhum deles tinha passagem pela polícia.

Entenda o caso

De acordo com o Boletim de Ocorrência, testemunhas relataram à polícia que Clara trabalhava em uma padaria e saiu do serviço no domingo (9) de março, por volta das 22h, para se encontrar com o suspeito - dono da casa onde o corpo foi encontrado - para receber o pagamento de R$ 400, que ela teria emprestado a ele..

Desde então, a jovem não foi mais vista. Na madrugada de segunda-feira (10), por volta de 2h50, uma das testemunhas recebeu uma mensagem enviada do celular de Clara Maria. Mas desconfiou do "linguajar utilizado" e acionou a polícia.

Na quarta (12), agentes da Polícia Civil se deslocaram até a casa do suspeito e, antes mesmo de entrarem, sentiram “um cheiro de podridão”. O proprietário autorizou a entrada e os policiais questionaram o homem, que primeiro negou qualquer envolvimento  mas depois admitiu que a mulher estava enterrada no local. Na sequência, relatou a participação de outros dois homens no crime.

O corpo da jovem foi encontrado enterrado e coberto por uma camada de concreto, mas a mistura não se encontrava completamente "seca/ rígida" - o que indicava ter sido feita pouco tempo antes de os militares a encontrarem.

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