Depois de 40 anos de desaparecimento, finalmente o caso de mulher que perdeu-se da filha devido aos desencontros entre registro e adoções será esclarecida. Ela foi interna do Sanatório Marques Lisboa, quando fazia um tratamento contra tuberculose e que deu à luz uma menina, três meses depois. Porém, após o nascimento a criança foi doada por uma irmã de caridade que trabalhava no Sanatório, sem o consentimento da mãe ou do próprio pai e irmãos, que residiam na zona rural. O caso, que acabou concluindo que a filha da mulher morreu, será contado com detalhes nesta segunda-feira (20) pelos delegados Cristina Coelli e Dagoberto Batista. A mãe manifestou o desejo de reaver a criança e foi informada que apenas poderia tê-la se a registrasse em cartório. Em companhia da mesma irmã de caridade que doou a criança, ela foi ao cartório em Belo Horizonte, onde registrou a filha com o nome de Lúcia Bernadete Jacinto. No entanto, o proprietário da creche para a qual a criança havia sido doada também fez o registro de nascimento da criança, em cartório localizado no Distrito de Conceição do Itagura, Comarca de Brumadinho. Desde então a mãe de Lúcia Bernadete não parou de procurar a filha. Anos depois, começou a contar a ajuda de outra filha, Joaquina Jacinto, que abandonou até o próprio emprego para dedicar-se à busca pela irmã. Ao final das investigações, os policiais constaram que a vítima havia morrido.