(Fhemig/Divulgação)
A maioria dos estados segue com cenário de estabilização ou queda em um patamar relativamente baixo em relação à Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). É o que revela o novo boletim InfoGripe divulgado nesta quinta-feira (9) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Segundo o instituto, a análise aponta para queda de SRAG nas tendências de longo prazo (últimas seis semanas) e curto prazo (últimas três semanas).
De acordo com o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, os dados ainda indicam predomínio dos casos positivos para Sars-CoV-2 (Covid-19) na população adulta.
Nas crianças de 0 a 4 anos, o vírus sincicial respiratório (VSR) mantém presença expressiva, especialmente no Espírito Santo, Distrito Federal, Minas Gerais, São Paulo, e nos três estados da Região Sul.
“Desses, apenas o Distrito Federal aponta para manutenção de patamar elevado de SRAG nessa faixa etária. Os demais já apontam para redução ao longo do mês de janeiro”, avaliou o pesquisador.
Amazonas
O boletim alerta para um leve aumento da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associada ao vírus influenza A no estado do Amazonas, no Norte do país. Com um número baixo de casos, o acompanhamento nas próximas semanas poderá indicar se são ocorrências esporádicas ou de início de temporada.
Os dados referem-se à Semana Epidemiológica (SE) 5, período de 29 de janeiro a 4 de fevereiro. A análise tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 6 de fevereiro.
Gomes reforça que a avaliação só poderá ser feita com mais clareza nas análises seguintes. “Como apareceram alguns casos de Influenza e a gente não estava observando esse vírus nas atualizações recentes, é importante manter a atenção, embora não represente um surto. Até o momento, são alguns poucos casos”, explicou.
Estados e capitais
Das 27 unidades federativas, apenas Acre, Amazonas, Espírito Santo e Pernambuco apresentam crescimento de SRAG na tendência de longo prazo.
Apesar desse quadro, o pesquisador esclarece que a análise por faixa etária sugere tratar-se de oscilação natural durante período de baixa atividade. No Amazonas, observa-se um ligeiro aumento na presença de casos de SRAG associados ao vírus influenza A, ainda sem sinal claro de tendência e com volume baixo de casos.
Seis das 27 capitais apresentam crescimento de SRAG na tendência de longo prazo até o mesmo período: João Pessoa (PB), Manaus (AM), Porto Velho (RO), Rio Branco (AC), São Luís (MA) e Vitória (ES).
*Com Agência Brasil
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