Boletim Infogripe

Casos de síndrome respiratória quase dobram em 1 mês; em BH, situação entre idosos preocupa

Registros foram os maiores dos últimos 2 anos, de acordo com a Fiocruz

Do HOJE EM DIA
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12/06/2025 às 19:55.
Atualizado em 12/06/2025 às 20:51
Em quatro semanas, número de casos de SRAG quase dobrou em relação ao mesmo período do ano passado (SES/Divulgação)

Em quatro semanas, número de casos de SRAG quase dobrou em relação ao mesmo período do ano passado (SES/Divulgação)

O total de casos de Síndrome Respiratória Aguda (SRAG) registrados no país tem sido maior do que o anotado nos últimos dois anos. Em quatro semanas os diagnósticos quase dobraram em relação ao mesmo período do ano passado, com alta  91%. Esse volume  atípico de ocorrências se concentra principalmente nos estados das regiões centro-sul.  Belo Horizonte é uma das capitais onde a situação dos idosos mais preocupa. 

Boletim semanal InfoGripe  divulgado ontem  pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro,  alerta que a influenza A e o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) têm causado o maior número de hospitalizações por SRAG em grande parte do país. 

Em relação aos idosos, observa-se um aumento também em Aracaju,  Boa Vista, Brasília, Curitiba, Florianópolis, Goiânia, João Pessoa, Macapá, Maceió, Porto Alegre e Rio de Janeiro. Em muitas cidades, como a capital mineira, há também tendência de crescimento entre jovens e adultos.

Apenas em alguns estados – Acre, Tocantins, Mato Grosso do Sul e Espírito Santo e no Distrito Federal –  o estudo começa a verificar um sinal de interrupção do crescimento ou início de diminuição de casos. No entanto, a incidência de hospitalizações por SRAG nessas regiões continua muito elevada. 

Impacto maior para idosos

Tatiana Portella, pesquisadora do InfoGripe, avalia que a influenza A tem causado o maior número de casos de SRAG no país, afetando todas as faixas etárias, mas com maior impacto nos idosos. Além disso, o VSR tem contribuído para a alta de casos de SRAG, sendo a principal causa de hospitalização de crianças.

“Por isso, a gente reforça a importância da vacinação contra a gripe. Essa é a principal forma de prevenir casos graves e óbitos. Com uma boa cobertura vacinal, conseguimos diminuir esse número de hospitalizações no país”, enfatiza a pesquisadora. Tatiana também recomenda, que, em caso de aparecimento de sintomas de gripe ou resfriado, seja recomendado o uso de máscaras dentro de postos de saúde e locais fechados com muita aglomeração.

Ainda segundo o boletim InfoGripe, os casos de SRAG em crianças pequenas, associados ao VSR, seguem em crescimento na maior parte do país. Contudo, é possível observar sinais de interrupção do aumento ou início da queda em algumas áreas do Centro-Oeste (Distrito Federal e Goiás), Sudeste (São Paulo e Espírito Santo) e no Norte (Acre). Ainda assim, os níveis seguem elevados nessas regiões.

Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 40% para influenza A; 0,8% para influenza B; 45,5% para vírus sincicial respiratório; 16,6% para rinovírus; e 1,6% para Sars-CoV-2 (Covid-19).

Entre os óbitos, a presença desses vírus foi de 75,4% para influenza A; 1% para influenza B; 12,5% para VSR; 8,7% para rinovírus; e 4,4% de Sars-CoV-2 (Covid-19).

(*) com  Agência Brasil

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