(Amadeu Barbosa / Arquivo Hoje em Dia)
Um procedimento padrão de revista para a entrada no Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH, impediu que marmitas repletas de aparelhos eletrônicos, como celulares, carregadores e pen-drives, fossem inseridas no interior da unidade nesta quinta-feira (13). A penitenciária é classificada como de segurança máxima.
De acordo com a Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap-MG), quatro celulares, seis carregadores, dois pen drives, quatro chips, uma antena de telefone celular e quatro comprimidos, ainda não identificados, foram localizados dentro de embalagens de marmitas que seriam servidas aos internos.
Conforme a pasta, a equipe de segurança do complexo e a Assessoria de Inteligência Setorial interceptaram o lote com os equipamentos antes mesmo da entrada na penitenciária. "O Registro de Eventos de Defesa Social (Reds) foi confeccionado pela própria unidade prisional", informou a Seap, por meio de nota.
Sistema frágil
O Hoje em Dia mostrou na edição desta quinta-feira que a falta de agentes penitenciários, investimentos em infraestrutura e brechas na fiscalização de familiares durante visitas aos detentos têm tornado o controle de segurança cada vez mais frágil.
De acordo com a Comissão de Assuntos Carcerários da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MG), pelo menos 400 celulares foram apreendidos em 2018 apenas na penitenciária de segurança máxima Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH. Leia aqui.