Na Pampulha

Chimpanzé morre no Zoo de BH um dia após morte de leoa, e Damião quer 'saber o que está acontecendo'

Pretória não resistiu à anestesia durante tratamento odontológico; primata Kely morreu após sedação para exames relacionados a problema no útero

Do HOJE EM DIA
portal@hojeemdia.com.br
12/11/2025 às 18:41.
Atualizado em 12/11/2025 às 19:17

O Zoológico de Belo Horizonte enfrenta uma semana marcada por perdas e questionamentos após as mortes da leoa branca Pretória na terça-feira (11) e da chimpanzé Kely, nesta quarta (12). Os animais não resistiram a procedimentos que exigiam anestesia, segundo explicações dadas nesta quarta-feira pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH).

A leoa Pretória, de 14 anos, que havia chegado em outubro à capital, passou por um tratamento odontológico semelhante a um canal. Durante o procedimento, sofreu uma parada cardiorrespiratória após receber a anestesia e não resistiu. Um dia antes, o leão branco que chegou com ela, foi submetido ao mesmo tratamento, reagiu bem e segue em observação.

Já a chimpanzé Kelly morreu após ser anestesiada para exames clínicos relacionados a um problema no útero. Ela estava em quarentena desde que chegou ao zoológico, justamente por apresentar sinais de adoecimento e para evitar contato com outros primatas. 

"A gente quer saber o que está acontecendo. Nós vamos procurar todos os canais que temos dentro do zoológico para saber o porquê da morte desses animais", disse o prefeito Álvaro Damião (União), que convocou uma coletiva de imprensa para falar sobre os casos.

Depois, o prefeito reforçou que os animais já estavam debilitados. “A chimpanzé Kelly já estava doente, um problema no útero. Foi feito um tratamento durante um tempo aqui em Belo Horizonte, mas teve que fazer exames fora do zoológico. Ela tinha que passar por uma anestesia e também não suportou e acabou falecendo”.

A equipe técnica destacou que ambos os animais já chegaram ao Zoológico com condições de saúde que exigiam acompanhamento. Segundo a PBH, os procedimentos foram considerados indispensáveis para diagnóstico e tratamento. 

O Zoológico abriga atualmente mais de 3 mil animais. Até agora, 35 mortes foram registradas neste ano, número abaixo da média dos últimos cinco anos. Segundo o prefeito, foram entre 48 e 50. A instituição afirma que segue padrões internacionais de manejo e que o foco é a preservação e a recuperação de espécies, não apenas a visitação pública.

E o leão branco?

Com a morte de Pretória, o leão branco que chegou com ela permanece sozinho no recinto. Será avaliado se uma nova fêmea será levada para Belo Horizonte ou se o animal será transferido para outro zoológico. A decisão deverá considerar comportamento, bem-estar e adaptação.

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