(Cristiano Machado/Hoje em Dia)
A chuva insistente dos últimos dias tem provocado uma série de transtornos, como a queda de árvores e o esvaziamento do pré-Carnaval de Belo Horizonte. O efeito positivo mais esperado, no entanto, ainda não aconteceu: o aumento do nível dos reservatórios de água que servem à região metropolitana.
No sábado, o sistema Paraopeba, que engloba as represas Rio Manso, Serra Azul e Vargem das Flores, operava em 29,9% da capacidade, mesmo índice de 22 de janeiro, quando, no auge da estiagem, o governo do Estado anunciou medidas emergenciais para evitar o racionamento.
Nesse domingo (8), a Copasa não disponibilizou ninguém para falar sobre a estabilização na captação de água, mesmo com a chuva dos últimos dias.
Árvores
Nesse domingo, uma árvore de grande porte caiu sobre cinco carros estacionados na avenida Assis Chateaubriand, no bairro Floresta (Leste). Ninguém ficou ferido.
O tempo instável deve permanecer em BH e região até quarta-feira, segundo o Clima Tempo. Para esta segunda-feira (9), a previsão é de 40 mm de chuva na capital, ou um quinto da média histórica do mês.
Carnaval
O aguaceiro levou também um certo ar de desânimo ao pré-Carnaval. Nenhum dos 17 blocos previstos para o domingo cancelou o desfile, mas o público ficou muito aquém do esperado.
Quem se arriscou a sair de casa deu um jeitinho para driblar o mau tempo. Além dos adereços, guarda-chuvas e capas acabaram, forçosamente, fazendo parte da fantasia. Alguns bloquinhos improvisaram e, em vez de ir às ruas, limitaram a festa a bares e a restaurantes.
Foi o caso do bloco Estabeleça, que se reuniu na Serra (Centro-Sul). Com a chuva forte, dezenas de pessoas se juntaram no bar Estabelecimento.
O Bloco das Deslumbradas reuniu cerca de 70 foliões na Pampulha, um décimo do público previsto. Na avenida Getúlio Vargas, na Savassi, o bloco infantil Padecendo na Folia esperava atrair 8 mil foliões, mas apenas cem marcaram presença.