Chuva já matou 13 pessoas em Minas Gerais, aponta Defesa Civil

O período chuvoso 2016/2017 está só no início e já registra números alarmantes: 13 pessoas morreram em decorrência das tempestades em todo Estado. O número já é mais do que o dobro registrado no último período (entre outubro de 2015 e abril de 2016), quando 5 pessoas morreram. 

Das 13 mortes registradas, três foram em um deslizamento de terra nessa quinta-feira (15), em Mutum, no Vale do Rio Doce; um barranco caiu sobre uma casa no distrito de Imbiruçu e seis pessoas ficaram soterradas. Em Ribeirão das Neves, outras três pessoas perderam a vida; elas estavam em um caminhão, que foi "engolido" por uma cratera na LMG 806. Em Resplendor, também no Vale do Rio Doce, quatro mortes foram registradas após temporal, que devastou a cidade e o distrito de Nicolândia. Em Juiz de Fora, na Zona da Mata mãe e filho, que estavam dentro de casa, foram atingidos por um deslizamento de um talude e uma árvore. E em Belo Horizonte, uma menina de 13 anos foi arrastada pela enxurrada na última terça-feira (13), quando ia para a escola; a irmã dela está internada em estado grave no Hospital Risoleta Neves, em Venda Nova. 

Ao todo, 25 cidades foram afetadas, 10 delas decretaram situação de emergência, sendo: Santo Antônio do Jacinco, Pedra Azul, Itueta, Resplendor, Marilac, Manga, São Geraldo da Piedade, Itaobim, Além Paraíba e Itanhomi. O decreto de Ribeirão das Neves após temporal desta semana ainda não foi incluído.

Entre desalojados e desabrigados, já são 2.359; 61 casas foram destruídas e outras 730 danificadas; 32 obras  de infraestrutura foram danificadas e 18 destruídas.

Desaparecidos

Já são dois dias de buscas pelo bebê de um ano que estava no caminhão que caiu em uma cratera, em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Na manhã de hoje, o homens do Corpo de Bombeiros reiniciaram as buscas pela criança.

O motorista sobreviveu. Ele foi resgatado pelos militares do buraco que se abriu na rodovia e tinha cerca de 15 metros de profundidade. Um motoqueiro que também se envolveu no acidente conseguiu escapar.Tenente Waldomiro Rodrigues/PMO acidente foi na madrugada de quarta-feira (14)

Além do bebê, outro corpo que ainda não foi encontrado, é o de uma mulher, que foi levado pela enxurrada de lama, em Resplendor, durante o temporal do dia 18 de novembro. 

Prevenção

No Campo das Vertentes e no Alto Paraopeba, as unidades do Corpo de  Bombeiros estão mobilizadas para evitar tragédias. Em Carandaios, os bombeiros realizaram vistorias na cidade nessa quinta-feira. Os moradores de três casas situadas as margens dos rios, no bairro Praia, foram orientados a deixar as casas.  A Ponte do bairro Ponte Chave foi interditada. Já em Conselheiro Lafaiete, foram detectados pontos de alagamentos em várias ruas da cidade nessa quinta-feira. O rio Bananeiras atingiu cerca de 2,3 metros do nível normal.

Em Congonhas, a BR 040 apresentou diversos pontos de alagamento na tarde dessa quinta-feira (15). O rio Bananeiras nas imediações do Gagé e Vila José Marques transbordou,  inundando alguns trechos da rodovia. No trevo de Joaquim Murtinho, alguns comércios ficaram completamente alagados. O rio Maranhão subiu  e provocou alagamentos na região central. No bairro Jardim Profeta,  nenhum veículo pode passar.

Em Barbacena, o Corrego da Rua Bahia, que absorve grande parte das águas da cidade, está com volume manior. Durante toda quinta-feira, os bombeiros realizaram vistorias preventivas em pontos críticos da cidade, como os bairros Santa Maria, Nova Cidade, Nove de Março, Vilela e Santa Luzia. Foram cortadas árvores que apresentavam risco iminente. Também foram vistoriaradas casas com riscos de queda de muros, taludes e deslizamentos de encostas. E em São João Del Rei, o Rio das Mortes subiu bastante e começa a preocupar a cidade e municípios como Barroso que são cortados pelo Rio.

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