(Ricardo Bastos/Hoje em Dia)
São Pedro não ajudou e o Arraiá de Belô, adiado para este mês, terá de esperar mais um pouco para ser comemorado na capital mineira. Mas a chuva não impediu que a festa de São João fosse realizada, neste sábado (26), nas escolas da cidade, que fecharam com chave de ouro a temporada de canjica, quentão, pipoca e pé de moleque. Os alunos do terceiro ano do ensino médio do Loyola foram o destaque da tradicional festa realizada na escola. “Todas as turmas dançam. Porém, o casamento só acontece na terceira série, que está se despedindo da escola”, explica o coordenador da série, Carlos Freitas. Para ele, a tradição mantida pelo Loyola chama a atenção. “A festa é um resgate histórico. Temos alunos cujos pais e avós estudaram aqui. Eles vêm e se emocionam”, afirma. Apesar da tradição, na escola a festa ganhou ares contemporâneos. Durante a quadrilha, os alunos dançaram "Lepo Lepo" e funk, dando mais jovialidade à comemoração. A aluna do terceiro ano Eliza Quaresma Ragone, de 17 anos, espera desde a infância pelo casamento na roça. “Sempre sonhei com a festa deste ano, que é o meu último no Loyola, mas também aproveitei muito nos outros anos. O Loyola faz questão de preservar esta cultura de festa junina”, comenta. O par de Eliza, Thomás Diniz, concorda. Ele deixou de ir a uma festa de família para participar da quadrilha na escola. Maria Letícia Neves é a mãe do noivo, Gabriel Neves, e ficou emocionada. “A última quadrilha do meu filho na escola foi tão emocionante quanto a primeira que ele participou”, diz. De acordo com ela, participar destes eventos é importante para reafirmar a cultura nacional. No Colégio Santo Antônio, cerca de 500 alunos dançaram animados, puxando os professores e funcionários para a roda. Devido às obras no pátio do colégio, o arraiá foi interno, diferentemente da grande festa beneficente que a escola realiza tradicionalmente.