A cultura hip hop ampliou a atuação para além da periferia durante a 3ª edição do “Cidade Hip Hop”. O evento, que movimentou o Espaço CentoeQuatro, no Centro de BH, de quinta-feira até ontem, deu ao público a chance de ter o gostinho de ser grafiteiro, rimador, DJ ou beatmaker. Também promoveu shows, seminários e workshops.
“Estou aqui para apreciar o evento e aprender”, contou o DJ Guilherme Lourenço Martins, de 21 anos, que teve a experiência de ser beatmaker por um dia, ao lado de Eazy CDA, produtor e MC.
“Um beatmaker nada mais é do que um fazedor de batidas. É o cara que apresenta as bases instrumentais para os MCs cantarem”, explicou Eazy, que levou para o local o próprio estúdio.
A programação do evento incluiu vivências de um rapper, da dança break e da pintura grafite. Na rua da Bahia, o grafiteiro Nilo Zack, de 26 anos, ajudou iniciantes como o estudante Theo de Oliveira, de 13.
“Tente fazer com o spray movimentos mais uniformes, como se estivesse usando lápis de cor”, ensinou.
“A ideia é tirar dúvidas e ajudar quem tem potencial para ser grafiteiro”, acrescentou Nilo, que também participou da exposição “Graffiti no ritmo da Música Mineira”.
A mostra esteve em cartaz no “CentoeQuatro” e reuniu o trabalho de dez grafiteiros que fizeram releituras de capas de discos. O evento reuniu 3 mil pessoas em quatro dias.