(Tomaz Silva/Agência Brasil)
Crianças estão no grupo com a menor taxa de vacinação contra a gripe em Belo Horizonte. Passados quase quatro meses da convocação do público de 6 meses a 5 anos, apenas 37,2% receberam a dose, considerada essencial para evitar casos graves da doença e reduzir as internações infantis nessa época do ano.
Medo de possíveis efeitos adversos e falta de confiança nas vacinas ainda são apontados como os principais motivos que levam pais e responsáveis a negligenciar a imunização dos filhos, conforme mostrou recente pesquisa apresentada pela Sociedade Brasileira de Pediatria e pelo Instituto Questão de Ciência. O “esquecimento” também é outra alegação.
A cobertura vacinal preconizada pelo Ministério da Saúde contra a gripe é de 95%. Além das crianças, gestantes (45,6%) e até mesmo trabalhadores da saúde (49,2%) seguem distantes da meta, com menos da metade dos públicos protegidos.
Os professores – com 62,1% do público-alvo vacinado – são os que apresentam as melhores taxas. Os demais são as puérperas (51,4%) e idosos (59,8%).
Em meio à baixa cobertura, a prefeitura de BH segue com a estratégia de abrir centros de saúde aos fins de semana para ampliar a vacinação. No último sábado, os postos dos bairros Rio Branco e São Paulo funcionaram com a oferta de vacinas.
A Sociedade Brasileira de Pediatria reforçou que, ao longo dos últimos anos, o Brasil tem registrado uma queda “acentuada e perigosíssima” da cobertura vacinal. Problema esse que se agravou durante o período mais crítico da pandemia de Covid-19.
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