Com 892 leitos de UTI vagos, Minas prevê demanda de 1.500 a 2.000 CTIs no pico da pandemia

Luisana Gontijo
lgontijo@hojeemdia.com.br
14/04/2020 às 18:32.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:16
 (Gil Leonardi//Imprensa MG)

(Gil Leonardi//Imprensa MG)

De 1.500 a 2.000 pessoas deverão precisar ser internadas em leitos de UTI quando a Covid-19 atingir seu pico em Minas Gerais. Esse pico é previsto para os dias 4 e 5 de maio, data que poderá ser atualizada nesta quarta-feira (15), quando será divulgado um novo levantamento pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG).

Os números foram informados nesta terça-feira, pelo secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, em entrevista coletiva virtual. De acordo com ele, na última segunda-feira (13), Minas tinha 892 leitos de UTI disponíveis, desocupados. Portanto, se o pico da pandemia do novo coronavírus já estivesse ocorrendo e as 1.500 a 2.000 pessoas projetadas pela SES já precisassem ser internadas em unidades de terapia intensiva, possivelmente, não haveria leitos para atender a todas elas no Estado.

O secretário de Saúde voltou a afirmar que a expectativa é de que 5.900 pacientes no Estado venham a precisar de algum tipo de leito durante a pandemia. Minas tem hoje 884 casos confirmados de Covid-19, 60 óbitos em investigação e 27 mortes confirmadas pela doença.

Carlos Eduardo Amaral voltou a defender a manutenção do isolamento social para que Minas Gerais consiga achatar o crescimento da curva da pandemia. Segundo ele, não se pode pensar em flexibilizar o isolamento caso o sistema de saúde seja considerado preparado para atender à quantidade de demanda esperada. “Se flexibilizarmos, mesmo o com acerto de dados, podemos correr o risco de um aumento no número de casos. Entendemos que o isolamento é importante e que possíveis formas de flexibilização têm que ser estudadas, para quando a curva de casos estiver controlada”, frisou o secretário.

Testes

Quando ao número de testes que vem sendo realizado para mapear a pandemia no Estado, o subsecretário de Vigilância em Saúde,  Dario Brock Ramalho afirmou que, juntos, Funed, Hemominas e UFMG realizaram 2.000 exames em um único dia, na sexta-feira ou no sábado, zerando o  passivo que, segundo ele, tanto atrasava a resolução e a investigação dos casos em Minas.

No entanto, ele voltou a informar que o Estado só continuará testando pacientes graves, servidores da saúde e da segurança. Casos considerados leves da Covid-19 não serão testados e poderão continuar integrando a lista de casos sob investigação, que hoje superam os 60 mil.

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