(REPRODUÇÃO / REDES SOCIAIS)
O piloto Allan Duarte de Jesus Silva, de 29 anos, que teve mais de 90% do corpo queimado após a queda de um avião no bairro Caiçara, morreu na tarde desta terça-feira (22). O óbito foi confirmado pela Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), responsável pelo Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, onde ele estava internado em estado gravíssimo.
Allan era o piloto do avião de pequeno porte que havia decolado do aeroporto Carlos Prates. Outras três pessoas morreram no acidente.
Segundo informações de jornais de Nova Serrana, na região Centro-Oeste do Estado, onde ele vivia, Allan é piloto há 10 anos e estaria em BH a trabalho. Sua habilitação estava em dia, de acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Familiares do piloto estavam no Hospital João XXIII quando receberam a informação sobre a morte. Eles estavam emocionados, chorando muito, e não quiseram falar com a reportagem do Hoje em Dia. Parentes das outras vítimas internadas também se reuniram na recepção do hospital à espera de notícias, mas também se recusaram a dar entrevista.
As outras vítimas do acidente permanecem internadas na unidade. Na segunda-feira, todos foram encaminhados para a Unidade de Tratamento intensivo (UTI) do João XXIII e, na manhã desta terça, Thiago Funghi Alberto Torres, de 32 anos, foi o primeiro a ser transferido para tratamento convencional e aguarda cirurgia no decorrer da semana, após ter tido 55% do corpo queimado. Srrael Campras dos Santos, de 33 anos, continua na UTI com 32% do corpo queimado.
Relembre o caso
Por volta das 8h desta segunda-feira (21), o avião de pequeno porte caiu no cruzamento da rua Minerva com Belmiro Braga, no bairro Caiçara, a cerca de 2,5 km do aeroporto Carlos Prates, local de onde saiu a aeronave. O avião atingiu a rede elétrica e explodiu após encontrar o solo, incendiando três carros que estavam na via. Três pessoas morreram no local e três foram socorridas ao Hospital João XXIII.
Uma equipe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), da Força Aérea Brasileira (FAB), veio a Belo Horizonte para fazer a perícia no avião, que não tinha caixa-preta.