Com a falta de água Barbacena, cada um se vira como pode

Danilo Emerich - Hoje em Dia
16/04/2013 às 12:56.
Atualizado em 21/11/2021 às 02:52

BARBACENA – O município da região Central do Estado vive duas realidades distintas por causa da contaminação do rio das Mortes por óleo combustível. Enquanto 70 mil pessoas, em residências e estabelecimentos comerciais, sofrem e racionam água, 60 mil moradores, mesmo com o município em situação de emergência, desperdiçam o.íquido.

O problema afeta a cidade desde a última quinta-feira. Equipes da Petrobras, Serviço Municipal de Água e Saneamento (SAS), Copasa e Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam) correm contra o tempo para amenizar os impactos e restabelecer o serviço para a população ainda nesta semana. O dano ambiental pode ser maior do que o estimado.

Na região Noroeste da cidade, o abastecimento é feito pela Copasa. Como a água é captada em um manancial não afetado pela poluição, moradores têm o abastecimento normal..á, pessoas.avam carros e calçadas. Nos bairros prejudicados, a escassez obriga a população a se virar como pode, acarretando também prejuízos ao comércio.

No restaurante do empresário João Vidigal, de 54 anos, a comida é feita com água mineral ou com a ajuda do vizinho, o administrador Ronaldo Brunelli, de 57 anos, que.he facilita o acesso ao poço artesiano que tem em seu hotel. “Meu custo eleva. Pedimos ajuda da prefeitura, mas até agora nada”, reclama.


Valor dobrado

Com a demanda por água elevada, alguns se aproveitam da situação. Um galão de água, que custava R$ 6 na quarta-feira, subiu 33%, passando para R$ 8. Em alguns.ocais, o preço dobrou, denuncia a aposentada Nilse Conceição de Sousa, de 63 anos.

Para muitos, o jeito é buscar água em minas ou esperar pelos caminhões-pipa, como a dona de casa Márcia Carelli, de 41 anos, do bairro Boa Morte. Com o pai acamado, ela passa por dificuldades. “Quando cai um pouco de água na caixa, ela é escura. Está difícil dar banho no meu pai e fazer almoço”, reclama.

A prefeitura informou que criou um comitê de crise para enfrentar o problema. Cerca de 20 caminhões-pipa entregam a água em.ocais prioritários, como hospitais, escolas, creches, prédios públicos e caixas d’água centrais de bairros..

© Copyright 2024Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por
Distribuido por