Há casais que passaram o último Dia dos Namorados separados, mas a desunião não foi emocional, e sim, motivada por quilômetros de distância. Eles vivem em cidades, estados e até países diferentes, mas, apesar das dificuldades, conseguem manter um relacionamento saudável. Para o psicólogo do Centro de Psicologia Humanista de Minas Gerais, Antônio Coppe, antes de mergulhar em uma relação assim, os envolvidos devem estabelecer um projeto para o relacionamento, seja o afastamento circunstancial (como quando um dos dois precisa passar uma temporada longe), ou quando eles começaram a namorar em viagem de férias, por exemplo. Primeiro, o casal deve avaliar o que a falta da presença física do outro pode causar. “Quando a gente ama, quer estar junto”, lembra o psicólogo. Depois, é bom combinar um esquema para conviverem e se conhecerem melhor, além de se encontrarem pessoalmente algumas vezes. Tecnologia Coppe acredita que construir uma relação a distância é difícil, mas não impossível. E, para isso, a tecnologia e as redes sociais são as grandes aliadas dos casais. É o caso da publicitária Laura Brina Ferreira, de 27 anos. O namorado dela, o administrador Juan Maia Cardoso, da mesma idade, partiu para a Flórida (EUA) há dois meses, para uma temporada de estudos de um ano. “Troquei o meu namorado por um smartphone e agora me comunico à vontade com Juan”, brinca Laura, que troca mensagens com Juan o dia todo e o vê à noite, pela webcam. Eles namoram há nove anos e, quando tinham um ano de relacionamento, foi ela quem se aventurou em terras estrangeiras. Laura ficou sete meses em Connecticut, também nos EUA, trabalhando, época em que o contato era bem mais difícil. “A tecnologia era atrasada. Enfrentava fila, na neve, para falar com ele pelo orelhão. Poucos lugares tinham acesso barato à internet. Tínhamos vários desentendimento pela falta de comunicação”, contou Laura. Por meio do Facebook, Juan disse que o afastamento tem sido difícil, pois eles se viam quase todos os dias, antes da viagem. Para Laura, a fase é propícia para eles pensarem no que esperam um do outro e reverem os conceitos de como lidar com o próximo. “Um novo jeito de aprendermos a conviver”, diz.
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