A espera por atendimento médico foi longa para pais que precisaram levar os filhos no Hospital Infantil João Paulo II, na região Central de BH, nesta segunda-feira (16).
A unidade, que é referência no atendimento a doenças transmissíveis, ficou lotada durante quase todo o dia. Alguns pais denunciaram que a espera chegou a mais de 10 horas.
Dos cinco médicos escalados para o plantão da madrugada desta segunda, três apresentaram atestado. A informação é da própria Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig).
Segundo a fundação, as taxas de ocupação da UTI e da enfermaria estão acima de 90%, o que inviabiliza o remanejamento de profissionais para o pronto-atendimento.
Mas, para Carlos Augusto dos Passos Martins, presidente do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem, Técnicos Operacionais de Saúde, Analistas de Gestão da Saúde e Auxiliares de Apoio à Saúde de Minas Gerais (Sindpros), o problema não é pontual e tem se repetido há meses no hospital infantil.
"O problema da falta de médicos que prejudica o atendimento só será resolvido quando for aberto um concurso público para contratar médicos. O contrato administrativo oferecido atualmente, sem vínculo trabalhista, não é atraente", explica o sindicalista.
A Fhemig informou que durante o dia, quatro pediatras trabalharam no hospital e que o aumento do tempo de espera foi devido ao crescimento da demanda em razão da sazonalidade de doenças respiratórias e da gravidade dos casos recebidos pela unidade.
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