Doença é semelhante à dengue e já está presente em alguns estados, inclusive no Sudeste
Município de Joanésia concentra o maior número de casos, com 96 registros (Flávio Carvalho / WMP Brasil / Fiocruz)
O avanço da Febre do Oropouche pelo país fez Minas entrar em alerta para diagnosticar eventuais casos da doença. Até agora não há registro no Estado, mas a alta no Amazonas, em Rondônia, São Paulo e Rio de Janeiro faz o governo se preparar para eventuais ocorrências.
De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES), a situação epidemiológica da doença e a possibilidade dela chegar a Minas estão sendo acompanhadas seguindo orientações do Ministério da Saúde.
Uma das formas de prevenção seria a testagem em determinadas situações, como casos específicos dentro do Programa de Vigilância Sentinela de doenças neuroinvasivas e quando houver quadro clínico compatível e histórico de deslocamento para áreas de circulação do vírus Oropouche.
Nessas hipóteses, as amostras serão encaminhadas para a Fundação Ezequiel Dias (Funed) e para o laboratório de referência nacional.
A Febre do Oropouche é transmitida por mosquitos, sobretudo pelo Culicoides paraensis e pelo Culex quinquefasciatus, conhecidos popularmente como maruim. Os sintomas, muito parecidos com os da dengue, duram entre dois e sete dias e incluem febre de início súbito, dor de cabeça intensa, dor nas costas e na lombar e dor articular.
Também pode haver tosse, tontura, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, calafrios, fotofobia e náuseas.
O Amazonas concentra a maior parte dos casos (2.462), seguido por Roraima (590); pelo Acre (68); Pará (23); e por Roraima (18). As faixas etárias mais atingidas são pessoas com idade entre 30 e 39 anos; entre 20 e 29 anos; e entre 40 e 49 anos.