Uma comissão mista formada por cinco professores, dois estudantes e dois técnicos discutiu ao longo da tarde e noite desta segunda-feira (24) alternativas para a saída do Exército e da Forna Nacional de Segurança (FNS) do campus da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), na Pampulha. A comissão foi criada após uma reunião do Conselho Universitário nesta segunda. Segundo o reitor da UFMG, Clélio Campolina Diniz, a decisão de fechar a universidade nos dias de jogos da Copa das Confederações em Belo Horizonte e a permissão para que os militares entrassem no campus foi tomada juntamente com o Ministério de Educação e Cultura (MEC) e com o governo do Estado. "Nosso objetivo é zelar pelo patrimônio da universidade e pela segurança pessoal, mas houve uma reação muito forte contra a presença de forças militares dentro do campus", afirmou. De acordo com o coordenador administrativo-financeiro do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFMG, Caio Clímaco, a polícia está presente no campus há vários dias e tem feito da universidade uma base de apoio para coibir as manifestações que acontecem na avenida Antônio Carlos. "Isso não acontecia nem na ditadura quando a universidade servia de apoio e abrigo aos estudantes", afirmou. Ainda conforme o reitor, o Conselho Universitário está trabalhando em caráter permanente e pode ser convocado a qualquer momento. "Estamos aguardando uma reunião da comissão mista com o governo e com o comando da polícia para buscar alternativas que afastem os riscos às pessoas e ao patrimônio", garantiu. Entretanto, ainda não há uma data prevista para este encontro já que o governador Antonio Anastasia está em Brasília.