O trânsito na manhã desta terça-feira (14) promete ser caótico em Belo Horizonte. Isso porque estão previstas manifestações de servidores municipais em greve, trabalhadores rurais sem-terra e petroleiros, a partir das 8 horas, em diversos pontos do Centro da cidade.
Os servidores municipais, que estão em greve há 13 dias, vão realizar uma nova assembleia na Praça da Estação. A expectativa da presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Belo Horizonte (Sindbel), Célia de Lelis, é que três mil grevistas participem do encontro. Ela já sinalizou que o movimento deve continuar até que a prefeitura apresente uma proposta que atenda a categoria. De lá, os trabalhadores seguirão em passeata até a Praça Sete, onde vão se reunir com cerca de dois mil sem-terra e centenas de petroleiros. A concentração dos representantes do MST vai ocorrer às 8 horas, no Viaduto São Fracisco. De lá eles vão seguir pela avenida Antônio Carlos e passar pela Praça Sete. Após o protesto, os representantes do MST irão montar acampamento em frente ao Fórum Lafayette. No local, estava previsto para começar, nesta terça, o julgamento do fazendeiro Adriano Chafik Luedy, um dos acusados da Chacina de Felisburgo. No entanto, a sessão pode ser adiada a pedido dos advogados do réu. O massacre ocorreu em 2004 e resultou na morte de cinco trabalhadores sem-terra. Outras doze pessoas ficaram feridas. Já os petroleiros, que participam na manifestação, querem chamar atenção das autoridades e denunciar os prejuízos que os leilões de concessão do petróleo têm causado ao país. Além disso, eles exigem que o Governo suspenda a 11ª Rodada, prevista para ocorrer na terça e quarta-feira (15). O encontro será na Praça Milton Campos, às 9 horas. Depois eles se concentram junto com os demais manifestantes, na Praça Sete. A presidente do Sindbel informou que irá cumprir a decisão da Justiça, que definiu que as passeatas da categoria realizadas do Centro de BH não podem ocupar mais do que um terço das vias.