Conjunto moderno da Pampulha receberá certificado de Patrimônio Mundial

Da Redação
horizontes@hojeemdia.com.br
12/08/2016 às 14:48.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:19

Na próxima quarta-feira (17), dia nacional do patrimônio histórico, o conjunto moderno da Pampulha, em Belo Horizonte (MG), receberá o documento de inscrição na lista de patrimônio cultural mundial da Unesco. A cerimônia acontecerá no Museu de Arte da Pampulha, com a presença do ministro da Cultura, Marcelo Calero, da presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Kátia Bogéa, e do prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda.

 
O conjunto moderno da Pampulha foi reconhecido como patrimônio da humanidade no último dia 17 de julho, durante a 40ª Reunião do Comitê do Patrimônio Mundial, em Istambul, na Turquia, após decisão consensual dos 21 países que integram o grupo.
 
Situado em uma das regiões mais tradicionais de Belo Horizonte, a área conta com as quatro primeiras obras assinadas pelo arquiteto Oscar Niemeyer, projetadas na década de 1940. Possui também jardins planejados pelo paisagista Roberto Burle Marx, painéis com azulejos do pintor Candido Portinari e esculturas de artistas renomados como Alfredo Ceschiatti e José Alves Pedrosa.
 

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 O conjunto

Formado por uma paisagem que agrega quatro edifícios articulados em torno do espelho d'água de um lago urbano artificial, o conjunto moderno da Pampulha é integrado pela Igreja de São Francisco de Assis, o Cassino (atual Museu de Arte da Pampulha), a Casa do Baile (Centro de referência em urbanismo, arquitetura e design de Belo Horizonte) e o Iate Golfe Clube (Iate Tênis Clube), todos bens construídos entre 1942 e 1943.
 
A área que abriga o conjunto moderno era parte de uma antiga fazenda, responsável pelo abastecimento agrícola da cidade de Belo Horizonte. Loteada e urbanizada na década de 1940, tornou-se um empreendimento modernizador que atraiu a atenção de vários intelectuais e artistas de todo o Brasil, por promover uma interação entre arquitetura, artes plásticas e paisagismo.
 
Inspirado nas concepções do suíço Le Corbusier (pseudônimo de Charles-Edouard Jeanneret-Gris), criador dos Cinco Pontos da Nova Arquitetura – planta livre, fachada livre, pilotis, terraço jardim e janelas em fita –, Niemeyer planejou os edifícios do conjunto. Por sua vez, Roberto Burle Marx teve como influência os ideais do resgate da identidade nacional e as vanguardas europeias das artes. 

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