Em comunicado divulgado na noite desta terça-feira (24), a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) anunciou a saída dos policiais do campus da Pampulha. A medida foi tomada após uma reunião do Conselho Universitário motivada por vários protestos de estudantes contra a presença de militares dentro da univerdade durante manifestações realizadas na avenida Antônio Carlos. No entanto, uma ressalva foi feita para permitir a presença de efetivos do Exército que ficará encarregado de proteger a unidade do Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN), localizado no campus Pampulha. Ainda conforme o comunicado, a unidade deve ser protegida por se tratar de uma área de segurança nacional. Ainda de acordo com a nota, as negociações para a saída da Força Nacional de Segurança (FNS) foram realizadas entre o reitor Clélio Campolina Diniz; o governador Antônio Anastasia; os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça) e Celso Amorim (Defesa), e a secretária nacional de Segurança Pública, Regina Mink, além de autoridades militares e policiais. O objetivo seria discutir procedimentos a serem adotados com a finalidade de garantir a segurança pessoal e patrimonial na UFMG, mas estas medidas ainda não foram divulgadas. Nesta terça-feira, um grupo de universitários chegou a ocupar a reitoria da universidade com o objetivo de apresentar ao Conselho Universitário uma lista de reivindicações. Além da saída dos militares, os jovens pedia ainda a retirada de cartazes da Fifa das dependências da UFMG, a permanência do campus aberto e a manutenção de uma ambulância dentro das dependências da universidade para socorrer cidadãos que passem mal ou sejam feridos durante as manifestações previstas para esta quarta-feira (26). Entretanto, a nota divulgada pela universidade não trata sobre as demais reivindicações.