Deságio no leilão resulta em economia de R$ 43 milhões por ano, diz Estado
Novo complexo de saúde deve ser erguido entre a avenida Amazonas e a Via Expressa, ao lado da Funed (Guilherme Dardanhan/ALMG)
Com lance de R$ 286 milhões, o menor do certamente, o Consórcio Saúde HoPE venceu, nesta sexta-feira (19), o leilão da Parceria Público-Privada (PPP) que vai construir, equipar, operar e manter em funcionamento o Complexo de Saúde Hospitalar Padre Eustáquio (HoPE).
Grupo é formado pelas empresas Integra Brasil, Oncomed Centro de Prevenção e Tratamento de Doenças Neoplásicas e a B2U Participações. Nova unidade de saúde será construída no bairro Gameleira, região Oeste da capital, com atendimento 100% pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
O modelo de gestão é semelhante ao do Hospital Metropolitano Dr. Célio de Castro, também em Belo Horizonte.
O pregão ocorreu na B3, em São Paulo, com a presença de representantes do Estado, como o vice-governador Mateus Simões (Novo), o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti (um dos principais articuladores do projeto de PPP), e a presidente da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), Luísa Barreto.
Segundo o Governo de Minas, o lance oferecido significa uma economia de R$ 43 milhões por ano devido ao deságio de 13%.
Além do Consórcio Saúde Hope, participaram da concorrência a Construcap CCPS Engenharia e Comércio e a OPY Healthcare Gestão de Ativos e Investimentos.
O consórcio vencedor será responsável por serviços de apoio não assistenciais, como limpeza, alimentação, lavanderia e segurança, enquanto a assistência médica e os atendimentos permanecerão sob gestão da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) e da Fundação Ezequiel Dias (Funed). A previsão de investimentos é de R$ 2,4 bilhões.
HoPE contará com mais de 500 leitos
Conforme o edital, o HoPE contará com mais de 500 leitos (sendo cem de UTI), 13 salas cirúrgicas, mais de 60 consultórios e um laboratório para fortalecimento do controle epidemiológico e vigilância sanitária.
A estimativa é que a unidade promova aumento de 40% nas consultas especializadas (ultrapassando 200 mil por ano) e 60% nas internações (chegando a 30 mil por ano).
Além da assistência hospitalar, o complexo abrigará o novo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-MG), da Funed, com capacidade para realizar até 1,5 milhão de exames laboratoriais e 375 mil análises sanitárias por ano.
A iniciativa conta com recursos do acordo de reparação pelo rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, assinado pelo Governo de Minas, Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o Ministério Público Federal (MPF) e a Defensoria Pública de Minas Gerais. O desastre matou 272 pessoas e gerou uma série de danos sociais, econômicos e ambientais.
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