Contra o crime, cidades pequenas de Minas Gerais recorrem às câmeras

A criminalidade não tem assustado somente as grandes cidades mineiras. Para tentar evitar crimes violentos, moradores e comerciantes de municípios menores estão se unindo para implantar dispositivos que evitem a ação dos bandidos.

É o caso da pequena Águas Formosas, no Vale do Mucuri, com 25 mil habitantes, onde a população se uniu e comprou seis câmeras de monitoramento instaladas nas áreas com maiores índices de criminalidade e concentração de pessoas. Os dispositivos eletrônicos, em funcionamento 24 horas, conseguem focalizar até um quilômetro de distância e são operadas pela Polícia Militar (PM). Implantando no início deste mês, desde então nenhuma ocorrência foi registrada.

Além da área central, as câmeras estão nas entradas e saídas da cidade e em duas praças. “O projeto foi iniciado em fevereiro pela PM.

Levamos a ideia à Câmara Municipal, prefeitura, população e comerciantes que abraçaram a ideia. Conseguimos arrecadar R$ 35 mil, o suficiente para a compra dos equipamentos e a sala de monitoramento”, diz o tenente Fabiano Marinho dos Santos, comandante do policiamento.

Na fase de instalação e testes, as câmeras flagraram um furto numa loja de eletrônicos. Menos de duas horas depois, os suspeitos foram detidos e o material recuperado. Na solenidade de inauguração do sistema do Olho Vivo, um homem foi flagrado e preso por porte ilegal de arma. “Antes das câmeras, eram cerca de 30 ocorrências de crimes diversos por mês”, salienta o tenente.

Rede

Proposta semelhante foi implantada em Passos, no Sul de Minas, onde os comerciantes se uniram para evitar mais prejuízos em razão dos furtos e assaltos aos estabelecimentos. Com a criação da Rede de Comerciantes Protegidos por eles, foram instaladas câmeras do Olho Vivo na cidade. A PM de Passos afirma que, depois de implantado o sistema, a redução de crimes chegou a 40% nos últimos três meses.