Controle remoto para o trânsito de Belo Horizonte

Colocar agentes de trânsito nos cruzamentos problemáticos de Belo Horizonte não é a prioridade da BHTrans. Em vez disso, a empresa quer aumentar a fiscalização eletrônica, instalando equipamentos como radares de avanço de sinal.   A informação foi confirmada pelo presidente da BHTrans, Ramon Victor Cezar, com exclusividade ao Hoje em Dia. Os principais trechos serão detalhados na edição de segunda-feira (24), na “Página 2 Entrevista”.   À frente do órgão regulador do trânsito desde 2009, Ramon Victor falou sobre o BRT/ Move, planos, obras, campanhas educativas, ciclovias e pesquisas, dentre outros assuntos.   Fiscalização   Segundo o presidente da BHTrans, a estratégia de controlar o trânsito com agentes nos cruzamentos é obsoleta e pouco eficiente, exceto em momentos de crise, como o desligamento dos semáforos durante ou após chuvas fortes.   “É como matar barata com chinelo de dedo. Para se ter uma ideia, temos quase 2 mil interseções semaforizadas. Já imaginou um agente em cada? Teríamos que multiplicar por três, por causa do limite de oito horas de trabalho diárias. Seria um exército de 6 mil pessoas. Um agente para controlar cada sinal importante, 24h por dia? Isso é humanamente impossível”, afirma.    Ramon defende o uso da tecnologia e de radares para substituir os agentes. “Um semáforo que possa ser controlado a partir da central, por controle remoto. Também temos o radar, para controlar de uma forma muito mais eficiente, racional, sem tira-teima, com fotografia, sem bate-boca com agente ou discussões. No mundo todo, a tendência está nos sistemas inteligentes de tráfego”.   Central   BH deverá receber 151 novos radares de velocidade, avanço de semáforo e detecção de invasão de faixa até o fim do ano. Está em curso o edital 04/2013 para a instalação dos aparelhos. Os equipamentos, assim como os sinais inteligentes e as câmeras da BHTrans, serão controlados a partir de uma Central de Comando e Operações (CCO), a ser inaugurada em dois meses. “Com tecnologia avançada para controle de trânsito remoto, a partir de uma grande área de inteligência reunida. Não teremos pessoas dispersas pela cidade, sem uma visão compreensiva da rede”.