Copa não apressará perícia e demolição de viaduto na Pedro I

Marcelo Ramos - Hoje em Dia
06/07/2014 às 08:18.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:16
 (Flávio Tavares/Hoje em Dia)

(Flávio Tavares/Hoje em Dia)

O início da demolição do viaduto Batalha dos Guararapes, que desabou na última quinta-feira na avenida Pedro I, deixando dois mortos e 22 feridos, depende de um posicionamento da Polícia Civil, que ainda pericia o local, categorizado como cena de crime. E se depender da Coordenação Municipal de Defesa Civil, enquanto todas as garantias de que o processo de remoção dos escombros não causará riscos aos operários e moradores da região, nenhuma lasca de concreto será retirada, mesmo com a proximidade da partida entre Brasil e Alemanha no Mineirão, na terça-fera, válida pelas semifinais da Copa do Mundo.   “Nós não vamos apressar nenhuma ação em função da data da semifinal da Copa. Nossa prioridade aqui é segurança dos trabalhadores, dos moradores, das demais pessoas e do local”, garante o coordenador de Defesa Civil de BH, coronel Alexandre Lucas.    No início da manhã de sábado (5), a prefeitura, por meio de assessoria, autorizou o início da demolição. A Polícia Militar isolou o local e máquinas pesadas equipadas com marteletes se posicionaram. No entanto, o delegado Hugo e Silva, que chefia as investigações do acidente, não autorizou o início dos trabalhos, e exigiu junto à Defesa Civil que medidas preventivas fossem tomadas, antes da remoção dos escombros.    Dentre as exigências estão colocação de escoras no segundo viaduto, que poderia apresentar abalo estrutural durante a operação, assim como garantir a segurança dos moradores dos 132 apartamentos do conjunto habitacional que fica entre os dois elevados, monitoramento topográfico durante e depois da operação de demolição, além de ensaios técnicos para liberação da via. Além disso, será delimitada uma área de 10 metros a partir do pilar que afundou, que deverá ser preservada para a perícia.   Até sábado, 18 pessoas foram ouvidas pela equipe coordenada pela 3ª Delegacia Regional de Venda Nova, entre elas, engenheiros e funcionários da Cowan, empresa responsável pela obra. Em nota, a Polícia Civil informou que “a prioridade, além da necessária coleta de informações, é liberar a prefeitura para os procedimentos capazes de desobstruir a via”.   Comissão especial   Por volta das 10h30, 14 vereadores estiveram no local do acidente. De acordo com presidente da comissão formada na sexta-feira, Wellington Magalhães, o delegado e o perito afirmaram que não têm pressa para concluir a perícia. “Eles me afirmaram que a remoção não teria início hoje (sábado). Eles querem concluir a perícia sem pressa”, afirmou Magalhães, informando que, amanhã, haverá uma audiência com todos os 41 vereadores para decidir a possível criação de uma comissão especial, com cinco vereadores, capacitada para exigir documentação e acompanhar de perto o andamento das investigações e a remoção dos escombros. Caso seja criada, a comissão vai pedir uma análise de todos os viadutos erguidos em função da implantação do BRT Move.

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