Trabalhadores são essenciais para o desfile dos blocos
(Maurício Vieira)
Personagens fundamentais para o desfile dos blocos de Carnaval, muitos cordeiros estão nas ruas de Belo Horizonte buscando uma renda extra enquanto a folia acontece. Apesar do cansaço, os cordeiros mantêm a energia “lá em cima” e curtem a festa enquanto seguram o público na corda de isolamento entre o trio elétrico e a bateria.
Quem compartilha desse pensamento é a cordeira Paula dos Santos, de 42 anos, que está trabalhando no bloco Baianas Ozadas, que desfilou nesta segunda-feira (3), na avenida Afonso Pena. Ela conta que apesar do trabalho pesado, também é possível aproveitar a folia com leveza.
“Esse é o meu quarto ano. Vem sendo bem legal. Dessa vez está mais tranquilo em relação aos outros anos. O pessoal vem respeitando mais as cordas. A gente pede com educação e eles correspondem. Também dá para curtir enquanto trabalha, a gente faz uma dancinha e se diverte”, relatou.
A remuneração por bloco varia entre R$ 130 e R$ 150. De acordo com Paula, é possível conseguir um bom retorno se aguentar trabalhar em mais de um evento por dia.
“São 6 horas por bloco e eles pagam em torno de R$150. Dá para conseguir um dinheiro bom até, eu estou fazendo dobra, pegando 2 ou até 3 blocos por dia. Já fiquei até 36 horas em pé fazendo bloco, mas eu amo”, afirmou.
Outro cordeiro que consegue curtir a folia enquanto trabalha é David Oliveira, de 37 anos. O promotor de vendas contou que sempre está na função no Carnaval para conseguir um “dinheirinho extra”.
“Se der conta, você consegue fazer de 2 a 3 eventos por dia. São quase seis ou sete horas por bloco, então é cansativo, mas dá para curtir também. Você vai dançando, conversando com o pessoal. Tem que ter energia boa”, relatou.
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