Educação

Corte no orçamento deve afetar de alunos a serviços de limpeza, alerta pró-reitor da Ufop

Gabriel Rezende
grezende@hojeemdia.com.br
31/05/2022 às 17:24.
Atualizado em 31/05/2022 às 17:34
Ufop lamenta corte do orçamento para instituições federais anunciado pelo MEC (Reprodução/UFOP)

Ufop lamenta corte do orçamento para instituições federais anunciado pelo MEC (Reprodução/UFOP)

A Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), que fica na região Central de Minas, faz parte da lista das instituições de ensino prejudicadas pelo bloqueio de 14,5% na verba liberada pelo Governo Federal. Na Ufop, o impacto chega a R$ 9,1 milhões.

Segundo o pró-reitor de Planejamento e Administração da Ufop, Eleonardo Lucas Pereira, "toda universidade será afetada". A instituição possui processos de compra em andamento para "atender às demandas acadêmicas de ensino, pesquisa e extensão", que incluem livros, insumos de laboratório e outros equipamentos.

"Se não houver reversão do bloqueio, não teremos saldo para empenhar e as atividades poderão ser prejudicadas", o que afetará "diretamente os alunos". "A ausência desses insumos prejudicam ou impedem as atividades", explicou Pereira.

Também serão afetados os setores de serviços (contratos de limpeza, manutenção, vigilância), que são terceirizados, e a instituição não terá "recurso para honrar com o pagamento dos contratos", destacou o pró-reitor.

Segundo Eleonardo Pereira, os reflexos do corte poderão ser sentidos a partir de setembro. "Ainda não é possível definir cortes de imediato", frisou. Ainda conforme o pró-reitor, a Ufop já tem orçamento insuficiente. "Com o bloqueio, vamos encurtar bastante as contas de custeio".

UFMG
A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) também afirmou que o contingenciamento comprometerá ações de ensino, pesquisa e extensão, além da assistência estudantil. A instituição sofrerá impacto de R$ 32 milhões nas verbas provenientes da União.

"O bloqueio é alarmante e gera impactos que ultrapassam, em muito, o âmbito das universidades", diz a UFMG, em nota assinada pela reitora Sandra Regina Goulart Almeida e pelo vice-reitor Alessandro Fernandes Moreira.

O corte orçamentário afeta, ainda, entidades vinculadas ao MEC, como a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, que gerencia unidades de saúde das universidades, como o Hospital das Clínicas da UFMG, e o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação.

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