menos R$ 32 milhões

Corte orçamentário vai comprometer ensino, pesquisa e assistência estudantil na UFMG

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
30/05/2022 às 11:27.
Atualizado em 30/05/2022 às 11:52
Greve foi iniciada no dia 11 de março e os TAEs voltaram ao trabalho em 2 de julho (Marcílio Lana / UFMG)

Greve foi iniciada no dia 11 de março e os TAEs voltaram ao trabalho em 2 de julho (Marcílio Lana / UFMG)

O bloqueio de 14,5% na verba destinada às instituições federais de ensino, anunciado na sexta-feira (27) pela União, irá comprometer o funcionamento da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O contingenciamento vai afetar ações de ensino, pesquisa e extensão, além da assistência estudantil.

A constatação é da própria UFMG. Em um comunicado, publicado nesta segunda-feira (30) - três dias após o governo federal divulgar o bloqueio de R$ 3,2 bilhões no orçamento previsto para o Ministério da Educação (MEC) em 2022 -, a instituição informa que o impacto será de R$ 32 milhões nas verbas discricionárias. 

O texto é assinado pela reitora Sandra Regina Goulart Almeida e pelo vice-reitor Alessandro Fernandes Moreira. Segundo os docentes, o orçamento previsto para este ano já era inadequado, sendo 7,43% menor do que o de 2020 e semelhante ao de 2008. 

"O bloqueio é alarmante e gera impactos que ultrapassam, em muito, o âmbito das universidades”, diz a nota, considerando, ainda, que a decisão seria “alarmante” e um “severo golpe”, já que os cortes, para despesas de custeio e investimento, reduzem a atuação das universidades. 

“Estamos ativamente mobilizados na reversão dessa medida inaceitável de forma a garantir que a UFMG possa continuar cumprindo sua imprescindível missão”, acrescentam os reitores. 

O corte orçamentário afeta, ainda, entidades vinculadas ao MEC, como a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que gerencia unidades de saúde universitárias, como o Hospital das Clínicas, e o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

Demais cortes

No comunicado, a UFMG ainda menciona o bloqueio de R$ 3 bilhões sobre os recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), que, de acordo com a reitoria, afetariam toda a cadeia na qual se desenvolvem as áreas da ciência, da educação e da tecnologia no país. 

O Hoje em Dia entrou em contato com o MEC. Essa reportagem será atualizada após o retorno.

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