(ALMG/Divulgação)
A CPI da Cemig, que investiga possíveis práticas de ilegalidade na gestão da companhia, recebe, na tarde desta segunda-feira (23), o depoimento da advogada da estatal Cláudia Campos Faria e do ex-gerente de compras, Leandro Corrêa de Castro.
A advogada foi convocada na condição de investigada, para esclarecer contratações de executivos feitas sem licitação. Já o ex-gerente será ouvido como testemunha, para explicar outras contratações diretas da empresa desde 2019. Os depoimentos acontecem na Assembleia Legislativa (ALMG), na região Centro-Sul de BH.
Três pessoas já foram ouvidas pela comissão ao longo da última semana. A superintendente de auditoria interna, Débora Lage Martins, relatou a existência de contratos dispensados de licitação que não estão em conformidade com as normas internas da estatal.
Conforme a ALMG, foram encontrados contratos sem embasamento satisfatório sobre preço, processos sem parecer específico da gerência técnica demandante, e contrato firmado depois da execução do serviço.
O contrato entre a Cemig e uma empresa de recursos humanos para seleção do diretor-presidente da companhia, que assumiu em janeiro de 2020, foi o tema central do depoimento do gerente de Provimento e Desenvolvimento de Pessoal, Rômulo Provetti. O contrato teria sido assinado, com dispensa de licitação, após a posse do presidente.
Já o diretor-adjunto de Gestão de Pessoas da estatal, Hudson Felix Almeida, o terceiro interrogado, admitiu ter feito a convalidação do contrato. Esse instrumento, seundo a CPI, ratifica processos administrativos com erros, o que foi duramente criticado pelos parlamentares.
A reportagem procurou a Cemig e aguarda retorno.
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