Cerca de 340 creches em Minas irão receber do Ministério da Saúde 1,5 milhão de sachês de vitaminas e minerais. A suplementação, que conforme o Governo irá beneficiar 25,4 mil crianças, é para reduzir em até 38% os casos de anemia e em 20% a deficiência de ferro na infância. Na primeira fase do programa serão beneficiados 116 municípios no Estado. Para participar do NutriSUS, que foi lançado na segunda-feira (2), o munícipio deve ter aderido ao Programa Saúde na Escola (PSE). O Ministério da Saúde informou que investiu R$ 7,5 milhões na ação, que atenderá mais de 330 mil crianças de 6.864 creches em 1.717 municípios por todo o país. Para 2015 está previsto um investimento de R$ 12,5 milhões para a compra de 40 milhões de sachês. A iniciativa é realizada em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). A definição das creches que receberão a suplementação alimentar nessa primeira fase do programa levou em consideração àquelas com mais de 95% das crianças com idade entre 6 e 48 meses, municípios da região Norte e Nordeste e creches dos municípios do Sul, Sudeste e Centro-Oeste com mais de 110 crianças na faixa prioritária. O Nordeste será a região com o maior número de creches participantes, contabilizando 4.393 unidades. Em seguida vem a região Sudeste - com 1.233, a região Sul, com 599 unidades, e a região Norte com 353. A região Centro-Oeste terá 286 creches participando da iniciativa. No Brasil, estima-se que uma em cada cinco crianças menores de cinco anos apresentem anemia, sendo mais frequente em menores de dois anos. Componente O sachê que será entregue para as creches é composto de 15 micronutrientes e é facilmente administrado, devendo ser adicionado uma vez ao dia em uma das refeições oferecidas à criança. O suplemento não altera o sabor do alimento, o que evita rejeição, é de fácil absorção pelo organismo e não causa irritação gástrica. O consumo do sachê deve ser feito durante 60 dias e ter uma pausa por quatro meses. O ciclo deverá se repetir até a criança completar três anos e onze meses. A estratégia, segundo o Governo, está de acordo com a orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) que recomenda a fortificação com múltiplos micronutrientes para aumentar a ingestão de vitaminas e minerais em crianças.