Crianças de bairros mais pobres de BH são maioria nas internações pediátricas por Covid-19
(Pixabay)
Crianças de 0 a 11 anos que moram em bairros e regiões mais pobres de Belo Horizonte são a maioria nas internações pediátricas por Covid-19 da capital desde o início da pandemia, em março de 2020. É o que mostra a última edição do boletim InfoCovid, produzido pelo Observatório de Saúde Urbana de BH (OSUBH) da UFMG, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde. Para os especialistas, as regiões demandam um cuidado específico na proteção das crianças, especialmente na campanha de vacinação infantil.
A análise é feita a partir de um mapa de densidade das internações. Segundo o informativo, apesar seguir a mesma tendência do que entre adultos, com maior densidade de internações principalmente nas regionais Leste, Centro-Sul, Oeste e Noroeste, a concentração de casos de crianças é mais intensa e acentuada.
De acordo com o mapa, essas áreas são regiões de maior vulnerabilidade, que correspondem aos bairros Ribeiro de Abreu e bairros vizinhos, na região Nordeste; Pedreira Prado Lopes, na região Noroeste; Alto Vera Cruz e bairros vizinhos, na região Leste; aglomerado da Serra, na região Centro-Sul); Morro das Pedras e Cabana Pai Tomás, na região Oeste e Distrito Industrial do Jatobá
e bairros vizinhos, na região do Barreiro.
Especialistas avaliam que, de modo geral, a distribuição das internações por Covid-19 em BH continua a apresentar maior preocupação nas áreas mais vulneráveis da cidade, mas, especialmente na avaliação das internações infantis, cuja proporção de internados cresceu no final de 2021. Segundo eles, esses são indicativos que reforçam a necessidade de uma atenção especial para a saúde das crianças que moram nessas áreas, e principalmente na campanha de vacinação infantil, já que parte deste grupo iniciou a imunização contra a doença apenas no início de 2022.
Veja no mapa os locais com mais intensidade (em vermelho) de casos de crianças internadas por Covid:
(Divulgação / Prefeitura de Belo Horizonte)