Cursos de graduação da UFMG voltam a ter seleção única

Hoje em Dia
05/01/2016 às 22:42.
Atualizado em 16/11/2021 às 00:54

Em 2016, a UFMG volta a preencher as vagas de seus cursos de graduação em uma única seleção, feita no início do ano por meio do Sistema de Seleção Unificada, o Sisu. Desta forma, até mesmo os estudantes que serão convocados para iniciar os estudos apenas no segundo semestre devem se inscrever no edital Sisu 2016/1, do Ministério da Educação. Assim, a segunda edição anual do Sisu não selecionará alunos para a UFMG. A informação foi publicada no site da UFMG.

Com a mudança, os selecionados para os cursos com entrada nos dois semestres letivos farão registro acadêmico ainda no início do ano, em datas que serão divulgadas pelo Departamento de Controle e Registro Acadêmico (DRCA). "Essa política institucional visa ocupar o maior número possível de vagas, a fim de diminuir a quantidade de vagas remanescentes", afirmou o reitor Jaime Ramírez.

Também neste ano, a Universidade passa a reservar, no mínimo, 50% das vagas em cursos de graduação para estudantes que tenham cursado o ensino médio integralmente em escolas públicas brasileiras, conforme determina a Lei de Cotas, que agora chega à fase final de implementação. Das 6.279 vagas oferecidas, 3.142 serão destinadas aos candidatos das modalidades de vagas reservadas.

Na última semana, em entrevista ao mesmo site institucional, o pró-reitor de graduação, Ricardo Takahashi, explicou que a seleção única será retomada “pois o sistema de duas seleções mostrou-se pior para a ocupação das vagas, devido ao aumento de desistências, acarretado pelo Sisu. Voltando ao antigo modelo, alunos que ingressariam apenas no segundo semestre (que já terão feito pré-registro acadêmico) podem ser convocados, em tempo hábil, para as aulas do primeiro período letivo”.

Segundo Takahashi, com o modelo que volta a ser aplicado, outras pessoas podem ser chamadas para entrar no segundo semestre, gerando uma melhor ocupação das vagas. “O edital prevê essa situação, e a UFMG sempre fez assim, com bons resultados”.

Em relação à mudança na seleção de alunos por meio do Sisu, Takahashi lembra que desde os anos 1970 a UFMG manteve apenas um vestibular por ano. "As únicas exceções nessa série histórica são os anos de 2014 e 2015, em que houve seleção de candidatos nas duas edições anuais do Sisu, e isso ocorreu por motivos logísticos", lembrou.

A entrada única também reduzirá a procura por mudança de curso, que tem gerado elevado número de vagas remanescentes a cada semestre. "Muitos alunos têm mudado de curso já ao final do primeiro período, ao se submeterem novamente à seleção do Sisu. A entrada anual talvez colabore para uma decisão mais amadurecida", acredita o pró-reitor.

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