Das areias do nordeste para as ruas de BH: foliões de outros estados curtem o Carnaval na capital

Patrícia Santos Dumont - Hoje em Dia
17/02/2015 às 07:48.
Atualizado em 18/11/2021 às 06:03
 (Marcelo Prates/Hoje em Dia)

(Marcelo Prates/Hoje em Dia)

Ela fez jus ao ditado de que “se não tem mar, vamos pro bar” mas, claro, trocou os ambientes fechados pelos bloquinhos de rua. Acostumada a se esbaldar no Carnaval de Olinda, em Pernambuco, e em outras praias do litoral nordestino, a estudante alagoana Camila Lordsleem, este ano, entrou na onda dos mineiros e optou por BH para pular a folia.

A moça, de 20 anos, garante ter motivos de sobra para ter feito a escolha, que, para muitos, pode soar estranha. “Minha prima, mineira, fez muita propaganda do Carnaval daqui, disse que estava ficando ótimo, então decidi experimentar. Estou amando”, conta.

Acostumada a se deliciar nas praias pernambucanas e no entorno de Maceió, cidade natal dela, Camila este ano vem se esbaldando na programação sem trégua dos blocos de rua de Belo Horizonte.

“Como vim meio em cima da hora, não tive tempo de preparar fantasia, mas estou curtindo muito. Sexta-feira fomos no ‘Sexta Ninguém Sabe’, sábado, na Aline Calixto, e ontem no Ordináááários e Jângalovers”, detalha.

PORÉM

A prefeitura de Belo Horizonte estimou um público de 1,5 milhão de pessoas. Apesar disso, parte da estrutura programada vem deixando a desejar.

“Acho que a cidade está no caminho certo, fazendo um Carnaval muito bom, mas pode melhorar na questão dos banheiros, que são muito poucos, e também colocar mais lixeiras”, disparou.

DE SÃO PAULO

Um grupo de amigos paulistas também trocou o sambódromo e os desfiles das escolas de samba pelo “aconchego” dos superlotados bloquinhos da capital mineira.

Entre eles está a designer gráfico Luciana Pio, de 30 anos, foliona de carteirinha, apaixonada pela festa do Momo. “O diferencial daqui é a maneira como as pessoas encaram. Na sexta-feira, ficamos com medo de sair fantasiados e não encontrar ninguém assim na rua. Mas foi muito bacana ver que as pessoas realmente se pintam e se vestem à caráter de verdade para curtir a festa. Estou adorando”, disse.

Para melhor se acomodar, os sete amigos trataram logo de alugar uma casa. O local? Em um dos mais belos cartões postais da cidade: a orla da Lagoa da Pampulha.

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