Advogado da suspeita afirmou que ela não tinha ‘capacidade de discernir a natureza inadequada’ das ações
(Reprodução/ Redes Sociais)
A defesa da neurologista Claudia Soares Alves, de 42 anos, suspeita de ter sequestrado uma recém-nascida na maternidade do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), na região do Triângulo Mineiro, afirmou que a médica tem transtorno afetivo bipolar. O advogado que representa a mulher, Vladimir Rezende, divulgou uma nota na noite de quarta-feira (24).
O defensor afirmou que a médica estava em crise psicótica no momento do sequestro e disse que ela não tinha “capacidade de discernir a natureza inadequada e/ou ilícita de suas atitudes".
A mulher deve responder pelo crime de sequestro qualificado. A pena pode chegar a 8 anos de cadeia, conforme informou a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG).
À polícia, após ser detida em flagrante, a mulher alegou ter usado uma medicação e entrado em surto. Conforme a PC, ela disse que esse foi o "motivo" de ter levado a menina.
Segundo o delegado Marcos Tadeu, a polícia mineira atuou em conjunto com a de Goiás. Ele destacou que o objetivo principal foi alcançado, que era resgatar a criança.
Agora, as investigações seguem para verificar a motivação do crime e se houve falhas, como na segurança do hospital. De acordo com o delegado, a mulher não tem antecedentes criminais.
A recém-nascida foi sequestrada do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU) na noite de terça (23), e foi encontrada na manhã de quarta (24), em Itumbiara, em Goiás. A menina está bem, segundo a polícia. A suspeita foi presa em seguida, na mesma cidade.
A mulher se passou por uma médica do hospital para levar a bebê. Câmeras de segurança flagraram o momento em que ela circula com a criança dentro da unidade de saúde, quando sai com uma mochila e entra em um carro vermelho.
Aos pais da criança sequestrada, a mulher teria dito que era pediatra da unidade de saúde. A sequestradora teria “examinado” a mãe da criança, apalpando os seios da mulher, verificando se ela teria leite. Pouco depois, a suspeita falou para os pais que levaria o bebê para se alimentar.
Com a demora, os pais pediram ajuda e a polícia foi acionada para localizar a médica.