(Cristiano Couto)
O quarto dia de julgamento de Bruno Fernandes e Dayanne Fernandes promete ser decisivo nesta quinta-feira (7). Na porta do fórum Doutor Pedro Aleixo, em Contagem, na Grande BH, várias autoridades repercutiram as declarações do goleiro feitas nessa quarta-feira (6). A delegada Alessandra Wilke que participou de toda a fase de inquérito do caso da morte e do desaparecimento de Eliza Samudio esteve no prédio e disse que, para ela, não houve confissão, nem mesmo parcial do goleiro. "Ele falou algumas verdades e algumas mentiras. Muita coisa do que ele disse já estava no inquérito, mas outras coisas nem passaram perto das investigações", afirmou a policial civil.
Segundo Alessandra Wilke, Bruno Fernandes deve sim ser condenado nesta quinta-feira, quando os jurados decidiram o destino do atleta. Além da delegada, a mãe de Eliza Samudio, Sônia de Fátima Moura repetiu que não acredita em nada do que foi dito pelo goleiro na quarta-feira. Ela disse que quer a condenação máxima de Bruno e que ele "mentiu". Quem também concedeu breve entrevista aos jornalistas nesta quinta-feira foi o assistente de acusação José Arteiro. Ele afirmou que espera pela condenação máxima de Bruno Fernandes, entre 30 a 40 anos. Arteiro afirmou que vai defender - na fase de debates - que Bruno Fernandes pretendia matar também o filho dele, Bruno Samudio.
Defesa
Na declaração do primo dele, Jorge Rosa, que era menor na época do crime, "Bruninho" só escapou da morte porque o executor da modelo teria dito que "criança ele não mata". A esperança da defesa de Bruno Fernandes é na "lineariedade" da juíza Marixa Fabiane e que, por isso, Bruno deve ser beneficiado pela delação premiada, como ocorreu com Luiz Henrique Romão, o "Macarrão", em novembro.