(Flávio Tavares/Hoje em Dia)
O Corpo de Bombeiros não descarta a possibilidade de demolir o viaduto ao lado da edificação que desabou nesta quinta-feira (5), na avenida Pedro I, em Belo Horizonte. A informação é do chefe de comunicação da corporação, capitão Frederico Pascoal. No entanto, isso só será definido após a vistoria que será realizada depois que o viaduto que caiu for demolido e os escombros retirados. O local no acidente está sendo periciado e o laudo apontando a causa do acidente deve ser concluído em 30 dias. O presidente do Instituto Brasileiro de Avaliação e Perícias de Engenharia de Minas (Ibape), Frederico Correa, disse, nesta sexta-feira (4), que uma das possíveis causas da queda de parte do Viaduto Guararapes seria o afundamento do pilar principal após a retirada das escoras da obra. Segundo Correa, o plano de retirada das escoras é um item obrigatório no projeto da obra. Porém, o momento e como isso deve ocorrer dependem de algumas variáveis, como tempo de cura do concreto e a distribuição de cargas na edificação. "Quando a estrutura é retirada, o peso antes distribuído entre os pilares e as escoras é direcionado para o pilar principal. Nesse momento, acreditamos ter havido o afundamento", disse. Representantes do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-Minas), da Defesa Civil, das polícia Civil e Federal estão no local do desabamento. Após o fim dos trabalhos, a via será liberada para que a Construtora Cowan, responsável pela obra, faça a demolição do viaduto e a retirada dos escombros. Na queda do Viaduto Guararapes, que fica na divisa dos bairros Itapõa e São João Batista, nas regiões da Pampulha e de Venda Nova, duas pessoas morreram e 23 ficaram feridas. Cerca de 800 toneladas de escombros despencaram sobre um Fiat Uno, um micro-ônibus e dois caminhões. Morreram no local do acidente os motoristas do carro e do complentar 70, Charles Frederico Moreira, de 25 anos, e Hanna Cristina dos Santos, de 24. O corpo do homem só foi resgatado pelo Corpo Bombeiros durante a madrugada, após 14 horas de trabalho.