Depoimento aponta Bruno como líder do tráfico em Neves

Alessandra Mendes e Fernando Zuba - Do Hoje em Dia
18/11/2012 às 08:21.
Atualizado em 21/11/2021 às 18:22

Para compensar o fato de trabalhar quase de forma isolada na acusação, o promotor de Contagem, Henry Wagner Vasconcelos, prepara algumas estratégias, que mantém em sigilo. Mas, ao analisar todo o processo, ao qual o Hoje em Dia teve acesso, é possível imaginar alguns passos que devem guiar a promotoria ao longo das semanas de julgamento.

Milhares de folhas foram juntadas ao processo pelo promotor, que deve abordar outros crimes onde aparecem os nomes dos réus do caso Bruno. Os assassinatos de dois jovens em 2008 por integrantes do extinto Grupo de Respostas Especiais (GRE), da Polícia Civil, dentre eles o Bola, será abordado.

O goleiro Bruno também deve ser alvo de uma apresentação minuciosa de antecedentes por parte da promotoria, que vai usar a condenação no Rio pelo sequestro e cárcere privado de Eliza para ajudar a recontar a história que resultou na morte da ex-amante do jogador.

Mas, um vídeo, anexado ao processo, pode colocar o atleta em maus lençóis.
 
Tráfico

Um preso, acusado de ser o mandante da morte de Graziele Beatriz Leal de Souza, irmã da mulher que cuidou do filho de Bruno e Eliza quando ela desapareceu, em 2010, diz que o goleiro tinha envolvimento com atividades ilícitas.

O detento afirma que Bruno, o amigo Macarrão e o antigo motorista do jogador, Cleiton Gonçalves, comandavam o tráfico de drogas no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves, na Grande BH.

No depoimento, o preso ainda acusa Bruno de ser o mandante do assassinato de Graziele. Mas o goleiro chegou a ser ouvido pelo delegado que investiga o caso e a participação dele foi praticamente descartada.

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