(Eugênio Moraes/)
O silêncio foi a estratégia escolhida pela assessora do diretor de projetos da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), Maria Geralda de Castro ouvida nesta quinta-feira (28), pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), sobre o viaduto Batalha dos Guararapes, que caiu em 3 de julho de 2014, matando duas pessoas e ferindo outras 23, sobre a avenida Pedro I, em Belo Horizonte. Segundo o promotor de Defesa ao Patrimônio Público, Eduardo Nepomuceno, Maria Geralda assinou como responsável técnico do projeto e de sua eficiência. Ela teria sido alertada sobre falhas no plano da construção do viaduto. A assessora não quis falar com a imprensa durante no local. Nesta sexta-feira (29), está prevista a oitiva do diretor de projetos da Sudecap, Ricardo Aroeira. Os dois estão entre os 19 indiciados no inquérito da Polícia Civil sobre o desabamento da alça do viaduto. Conforme o Hoje em Dia publicou nesta segunda-feira (25), um documento da investigação da queda do viaduto reforça a tese de tragédia desenhada e complica a situação do ex-secretário de Obras, José Lauro Nogueira Terror. Ele teria sido alertado, por e-mail, pela arquiteta e diretora aposentada de projetos da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), Maria Cristina Novais Araújo, propondo a José Lauro a criação de uma comissão para avaliar o projeto. O pedido não foi atendido. O ex-secretário, hoje na presidência da Prodabel, nega ter sido avisado sobre os graves problemas do projeto.