Depoimento de Jailson Oliveira tem "troca de farpas" entre advogado e detento

A manhã do segundo dia de julgamento do ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o "Bola", nesta terça-feira (23), foi marcada pelo depoimento do detento Jailson Alves Oliveira. Além dele, outra participação que chamou a atenção de quem acompanhou o caso no Fórum Doutor Pedro Aleixo, em Contagem, na Grande BH, foi a do advogado do réu, Ércio Quaresma.

Após ser chamado de "noiado" por Jailson e se exaltar, exigindo que o termo fosse registrado nos autos, Quaresma teve a sua chance e também disparou contra o detento, usando palavras pejorativas. O advogado foi o terceiro a interrogar a testemunha nesta terça.

Um dos momentos do interrogatório que causaram alvoroço entre a defesa e a acusação foi quando o defensor de "Bola" chamou o homem de "imbecil" e depois de "delinquente".

Tanto a juíza Marixa Fabiane quanto o promotor Henry Vasconcelos solicitaram ao advogado que não tratasse a testemunha com tais termos. Ele, em sua defesa, lembrou que a magistrada chamou Bruno Fernandes de "dissimulado" e que o promotor também qualificou o réu com adjetivos pejorativos. A magistrada lembrou então que Jailson Alves de Oliveira está no plenário na condição de testemunha.

Em outro momento, a juíza ficou nervosa com uma alegação do advogado da defesa, que questionou termos usados no depoimento. Ele perguntou se Jailson conhecia a palavra "alcunhado". A testemunha negou. Quaresma leu um trecho de um depoimento em que cita "o alcunhado 'Bola'".

Incomodada, a juíza foi categórica ao dizer "uma coisa é o que a testemunha diz, outra é o que quem escreve", alegando que certos termos são escritos com total cumprimento com a verdade.

"Se for assim, teremos que invalidar todo o depoimento dele aqui então", afirmou a magistrada. Ela lembrou ainda que está ditando os trechos do depoimento de Jailson sob a supervisão do Ministério Público e da defesa, que até o momento não havia feito objeção.

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