(Marcelo Prates/Arquivo Hoje em Dia)
Apenas 11% dos rios localizados nas áreas urbanas de Minas serão desassoreados até o fim deste ano. O percentual representa 45 quilômetros dos 400 em situação crítica no Estado. A previsão é a de que, até 2014, sejam investidos R$ 30 milhões na desobstrução dos leitos dos rios, essencial para evitar inundações.
A medida, adotada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), foi divulgada nessa quarta-feira (24) durante a apresentação do Plano de Emergência Pluviométrica para o período chuvoso 2012/2013.
O secretário de Meio Ambiente, Adriano Magalhães, ressaltou a importância da dragagem dos rios. “Na Zona da Mata e no Sul de Minas, a medida mostrou-se bastante eficaz. Para esta temporada, municípios como Muriaé, Ubá, Ponte Nova e Guidoval, atingidos no início do ano, terão atenção especial”.
Em casos emergenciais, detectados na fase crítica, as intervenções serão feitas mesmo sem autorização do órgão ambiental.
Paraopeba
A Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Ruralminas) informou, por meio da assessoria de imprensa, que não há previsão de obras no rio Paraopeba. “Como o rio é extenso, a proximidade com o período de chuvas impossibilita as ações no mesmo”, informou a nota.
No último período chuvoso, 19 dos 48 municípios que formam a bacia do Paraopeba foram inundados.
Até agora, sete cidades foram atendidas pelo programa da Semad, entre elas Ponte Nova, onde um homem foi arrastado e morto pela correnteza do rio Piranga, em janeiro.
Outras 14 devem ser contempladas até o fim do ano. Guidoval, na Zona da Mata, está entre elas. No início do ano, o rio Xopotó ficou 15 metros acima do nível normal, inundando ruas e arrastando casas.
Prevenção
O coordenador Estadual da Defesa Civil (Cedec), coronel Luís Carlos Dias Martins, afirmou que o objetivo do Plano de Chuvas é a prevenção. E lembrou, ainda, que, nos últimos três anos, 434 municípios mineiros foram afetados pelas chuvas. Deste total, apenas 61 prefeitos foram reeleitos. “Nosso apelo é para que os profissionais qualificados sejam mantidos”.
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