Desolado, pai de Ieda ficou ao lado de corpo desde o assassinato até enterro

Anderson Rocha
31/10/2019 às 10:19.
Atualizado em 05/09/2021 às 22:28
 (Anderson Rocha)

(Anderson Rocha)

O pai da menina Ieda, a garotinha de cinco anos que foi assassinada nessa quarta-feira (30), em Betim, na Grande BH, acompanhou ininterruptamente os procedimentos de cuidado ao corpo da pequena, desde que o fato ocorreu, até o enterro, na manhã desta quinta (31).

Além disso, familiares e amigos da família demonstraram indignação com a então liberdade do agressor, que teria rondado a escola algumas vezes na última semana, com o uso de uma tornozeleira eletrônica.Anderson Rocha

Familiares e amigos se despedem da pequena Ieda

“A ficha dele não caiu. Estamos todos sem palavras”, contou Marlene Peres, tia paterna de Ieda. Segundo ela, o profundo momento de dor é vivido com a expectativa de justiça. “Se ele estava com problemas mentais, como estão alegando, ele tinha que estar internado e não solto”, disse a mulher, que acompanhou a cerimônia de enterro de Ieda. 

Agressor rondava escola

Muito emocionados, os pais de Ieda não quiseram falar com a imprensa, mas pediram que Fábio Santos Júnior, amigo da família e líder comunitário do bairro, pudesse conversar com os jornalistas. Segundo Fábio, o esfaqueador, de 25 anos, rondava a escola na última semana, mas nenhuma atitude foi tomada. “Ele usava um tornozeleira, e isso nos deixou preocupados, mas pelo que sei nada foi feito”, disse. 

Fábio ainda pediu aos moradores do bairro Vila Cristina que não agridam a mãe e os irmãos do assassino. Com medo, a família do agressor se mudou da Vila Cristina.

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Fábio, amigo da família, pede que moradores não tentem justiça com as próprias mãos contra a família do assassino de Ieda. Anderson Rocha pic.twitter.com/zdjC4X0I28— Jornal Hoje em Dia (@jornalhojeemdia) October 31, 2019
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