Destino de 3.500 famílias que invadiram terreno em Contagem será decidido por Anastasia

Rosildo Mendes - Hoje em Dia
07/11/2013 às 19:18.
Atualizado em 20/11/2021 às 14:00

Está na mão do governador Antonio Anastasia o destino de 3.500 famílias que ocuparam uma área de 210 mil metros quadrados da Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasa), no bairro Jardim Laguna, junto à avenida Severino Ballesteros, em Contagem, na Grande BH. Desde o dia 16 de outubro deste ano, há uma ordem judicial de reintegração de posse, que ainda não foi cumprida pela Polícia Militar (PM).  A decisão de recorrer ao governador para solucionar o impasse amigável foi tomada nesta quinta-feira (7) durante uma assembleia na sede da 2ª Região da PM, no bairro Novo Eldorado, com representantes dos invasores, da prefeitura de Contagem, Ceasa e do Governo de Minas.    De acordo com o major Sérgio da Silva Dourado, a previsão é que a saída das famílias aconteça de maneira pacífica e tranquila nos próximos dias. “Não queremos usar a força física para retirar as pessoas do terreno, mas se for preciso, faremos”, explica ele.    O major destaca que o governador se comprometeu a receber os líderes do movimento na próxima semana. “Vamos aguardar o Estado dar um parecer sobre a situação. Se não for decidido nada nesse encontro, vamos cumprir a ordem judicial”, alerta. A data e o horário da reunião ainda não foram definidos.   Um dos coordenadores do movimento integrante da Central Sindical e Popular (CSP), Lacerda dos Santos Amorim, acredita que o impasse será resolvido o mais breve possível, sem confronto com a polícia. “Não queremos briga e nem tumulto. Vamos apresentar uma proposta para o governador”, explica.    Na pauta de reivindicações está uma bolsa moradia no valor de R$ 500 ou a indicação de outro terreno para acampar todas as pessoas até uma solução definitiva. “Se formos atendidos, sairemos numa boa do terreno invadido”, avisa o coordenador.   Outra opção, segundo Lacerda, é cadastrar todas as famílias no programa Minha Casa Minha Vida, do governo federal, e garantir o benefício.    Enquanto aguarda a decisão do governador sobre o destino deles, Lacerda contou que alguns problemas de infraestrutura no acampamento foram resolvidos. “Temos água tratada e luz elétrica nos barracões. Fizemos uma intervenção na rede da Copasa e da Cemig. A nossa preocupação agora é com o período chuvoso. Os barracos de lona não aguentam muita água”, lamenta. Os invasores estão no terreno do Ceasa, há 29 dias.

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