(Dione Afonso/Hoje em Dia)
Detentos do Presídio Regional de Montes Claros (PRMC), no Norte de Minas Gerais, fizeram um motim nesta quarta-feira (18). O movimento começou em um pavilhão por volta das 9 horas, após o horário de visita íntima dos detentos. No entanto, se espalhou para outras celas durante a tarde, quando foi encerrado. Alguns colchões foram queimados e o motim acompanhado de perto por integrantes da Polícia Militar (PM). Segundo familiares dos presos, eles estão revoltados com o fato da administração da unidade prisional ter exigido que as mulheres dos presos só entrem na cadeia usando camisa branca, calça jeans e chinelo. Além disso, os parentes denunciam que, frequentemente, os detentos são torturados pelos agentes penitenciários e que a cadeia está com superlotação. O defensor público Alexandre La Paz conseguiu entrar no presídio e, na saída, informou à imprensa que alguns participantes da rebelião ficaram feridos. Entretanto, não esclareceu qual a origem dos machucados. Os jornalistas também receberam a informação de que, em outrro ponto da cidade, um ônibus coletivo teve a traseira incendiada em apoio ao movimentos dos presos. Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) informou que o ocorrido foi uma subversão à ordem, controlada por agentes penitenciários do Grupo de Intervenção Rápida (GIR), com o apoio do GIR de Francisco Sá, e policiais militares, por volta das 15h30. Conforme o texto, às 14h30, a subversão à ordem foi iniciada após detentos de dois pavilhões que retornavam do banho de sol para suas celas colocarem fogo em peças de roupas e pedaços de colchões. Não houve feridos e um Procedimento Interno foi instaurado para apurar as circunstâncias e responsabilidades pelo ocorrido. Assim como, possíveis danos ao patrimônio também estão sendo avaliados. O Presídio Regional de Montes Claros tem capacidade para 592 presos, mas, atualmente, abriga 1.017.